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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Devastação das matas ciliares

Cachoeira do Sul foi castigada pelas intempéries como nunca nos anos de 2015 e 2016. Enchentes, vendavais, granizo... fenômenos que desafiam o homem e ressaltam a sua impotência diante da força da natureza.  Da mesma forma que o homem é sujeito das intempéries, ele também é agente de desajustes ambientais. E a preocupação com as ações humanas sobre a natureza, ao contrário do que possa parecer, não é própria dos tempos atuais, mas motivo de inquietação para muitos que ao longo dos tempos tiveram conhecimento e sensibilidade para perceber os efeitos funestos de determinadas práticas. Foi assim com José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência e patrono da principal praça de Cachoeira do Sul, com o conterrâneo Ramiro Fortes de Barcellos e com Antônio Augusto Borges de Medeiros, para citar algumas personalidades históricas que viram o meio ambiente com olhar de cuidado. Borges de Medeiros, grande líder na política rio-grandense, como se vê pela circular que reme

Hora legal no Brasil

Todo verão, ou melhor, antes do início desta estação, o Brasil tem adotado o dito horário brasileiro de verão. Mas a que órgão compete verificar, corrigir e determinar a hora legal no Brasil? Tais questionamentos surgiram a partir da localização de um conjunto de documentos recebidos pela Intendência Municipal em março de 1914, trazendo ao conhecimento das autoridades o decreto que estabelecia a hora legal no Brasil. Ofício n.º 279, de 13/3/1914 - IM/GI/DA/ADR - Cx. 1 A hora legal no Brasil, como atesta o ofício acima, foi determinada pelo Decreto n.º 10.546, de 5 de novembro de 1913. Pela lei n.º 2.784, de 18 de junho de 1913, o Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, seria o encarregado da determinação da hora, bem como a sua transmissão, para fins geographicos ou maritimos, pelo telegrapho commum e sem fios e pelo "Balão" ou Ttme-baloon , de accordo com o regulamento vigente e as convenções internacionaes que vigorarem. Anexos ao ofício n.º 279, de 1

Boas festas!

Roubo de fios de telefonia

Para quem pensa que roubos de cabos telefônicos são práticas do presente... Ledo engano! Há 95 anos, mais precisamente em 17 de dezembro de 1921, a empresa que administrava a telefonia no município entrou com uma reclamação junto à Intendência Municipal, dizendo que estava sendo vítima de freqüentes roubos praticados nas linhas telephonicas de nossa propriedade, e utilizadas para o serviço de communicações entre a séde e os districtos ruraes do municipio. IM /GI/DA/CR-Cx. 1 A empresa prestadora do serviço, com sede em Porto Alegre, a Companhia Telephonica Rio-Grandense, através de seu diretor, Victor de Araújo, signatário da carta ao Intendente Dr. Annibal Lopes Loureiro, dizia que os roubos até então tinham sido de pouca importância e que deixaram de ser comunicados porque esperava que não mais se reproduzissem, independentemente das medidas que, em taes casos, cabia lançar mão. Infelizmente, tal não se deu e, ainda no decorrer desta semana, verificamos um furto de arame na

Câmara de Vereadores e Arquivo Histórico: uma parceria em prol da memória histórica II

No dia 21 de novembro de 2016, quando o Arquivo Histórico ocupou a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores para agradecer o apoio recebido da Casa para a recuperação do Livro CM/OF/A-005, deixou outra solicitação ao Presidente Homero Tatsch e seus pares: o patrocínio dos trabalhos de restauração da primeira planta da Cidade da Cachoeira, obra original de Johann Martin Buff, entregue ainda em 2008 à restauradora Naida Maria Vieira Corrêa, da empresa Restauratus - Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis Ltda., de Porto Alegre. As servidoras do Arquivo Histórico com o Vereador Presidente Homero Tatsch A planta é a primeira representação cartográfica do que era Cachoeira em 1850 e desde a instalação do município, em 5 de agosto de 1820, ter um registro da conformação física da Vila, ou seja, a sua divisão em terrenos, ruas, quadras e praças era uma necessidade, pois uma das atribuições dos vereadores da então Câmara Municipal era o de demarcar terrenos e ruas,