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Mostrando postagens de novembro, 2016

Câmara de Vereadores e Arquivo Histórico: uma parceria em prol da memória histórica

O Arquivo Histórico do Município de Cachoeira do Sul, representado em sua equipe pela assessora e pesquisadora Mirian Ritzel, ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores no dia 21 de novembro de 2016 para prestar contas e agradecer o apoio recebido daquela casa para a restauração de um importante livro de seu acervo documental - o livro de atas do Fundo Câmara Municipal abrangendo o período de 1851 a 1861, identificado como CM/OF/A-005. A restauração do referido livro só foi possível graças ao fornecimento de todo o material necessário pela Câmara, numa iniciativa do então presidente, Vereador Marcelo Figueiró. Em seu pronunciamento, a representante do Arquivo Histórico fez a apresentação do papel da instituição e em imagens mostrou as diversas etapas pelas quais o restauro do livro CM/OF/A-005 passou, de forma a ilustrar todo o processo desenvolvido pela assessora técnica Jussara Maria de Andrade Garske, que foi auxiliada no início do trabalho pela voluntária Alba Lindemann.

A Bandeira Nacional

Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a república no Brasil. O novo sistema de governo, além das mudanças que acarretou na organização político-administrativa brasileira, obrigou as autoridades a promoverem mudanças de toda ordem, inclusive nos símbolos nacionais, até então representativos do extinto império. Em 20 de janeiro de 1890, Júlio de Castilhos oficiou a todas as juntas municipais - comissões de cidadãos que respondiam naquele momento de transição pelos negócios municipais - cientificando-as que uma nova bandeira nacional havia sido instituída e remetendo o desenho da mesma para que fosse imediatamente adotada. Referia-se, no ofício, ao Decreto n.º 4, de 19 de novembro de 1889: Ofício de Júlio de Castilhos - 20/1/1890 JM/S/SE/CR - Caixa 2 Desenho da bandeira anexado ao ofício de Júlio de Castilhos As instruções contidas no ofício acima resolviam a questão levantada em correspondência de 19 de novembro de 1889, coincidentemente o dia do decreto que institui

Salários dos professores

É sabido e difundido, com muita propriedade, que os salários dos professores não condizem com a nobre missão que desempenham. Histórica já é a luta em prol das melhorias das condições de trabalho e da remuneração a que fazem jus estes profissionais que constituem a base de todas as profissões, porque ninguém atinge formação sem o professor. Um documento do acervo documental do Arquivo Histórico, Fundo Junta Municipal (1889-1892), datado de 13 de abril de 1892, mostra o quanto o assunto não é novo e uma faceta das várias situações a que a classe do magistério tem sido submetida ao longo do tempo: Ofício de 13/4/1892 - JM/S/SIP-Ofícios - Caixa 2 Dizia o documento, enviado à Junta de Cachoeira pela Diretoria Geral da Instrução Pública, em Porto Alegre, que os vencimentos dos professores interinos não normalistas seriam reduzidos de 880 para 600 mil réis, autorizando a municipalidade a abrir concurso para nomeação de outros, desde que fossem abertos editais. Os candidatos

Um outro cemitério para a cidade

No início da última década do século XIX, grande era a insatisfação dos cachoeirenses com os serviços de sepultamento no Cemitério das Irmandades, então o único existente no recinto urbano. Havia grande reclamação com o descaso, com as taxas cobradas pela igreja e também pela questão do credo que limitava os sepultamentos apenas aos católicos. Desde a década anterior, ou seja, 1880, a então Câmara Municipal tratava da necessidade da construção de um novo cemitério, tendo escolhido para isto um terreno no Alto dos Loretos. Em 14 de agosto de 1891, cientificado pela Junta Municipal*, o vigário da Paróquia da Cachoeira, padre Vicente Zeferino Dias Lopes, oficiou a David Soares de Barcellos** dando conta de que já havia feito saber ás Irmandades remettendo uma copia para intelligencia e cumprimento para cessar os sepultamentos no antigo Cemiterio, e fazer-se no novo , o que indicava estar pronto e apto ao funcionamento o Cemitério Municipal. Correspondência do vigário às autorida