Cachoeira do Sul é berço de personalidades ilustres nos mais diversos campos, oferecendo uma significativa relação de nomes de homens e mulheres que se destacaram em outras plagas. Vez em quando, retornam ao torrão natal para rever familiares e amigos e interagirem com o cotidiano da cidade.
Um destes filhos ilustres foi o engenheiro militar e escritor Gregório Porto da Fonseca, nascido em 17 de novembro de 1875, filho de Marcos Gonçalves da Fonseca Ruivo e de Luiza Mariana Porto da Fonseca. Adolescente, empregou-se como caixeiro em uma loja de Cachoeira, onde passava recitando versos do poeta Olavo Bilac, esquecendo-se das suas tarefas... Mais tarde, no Rio de Janeiro, tornou-se amigo pessoal do poeta e um dos fundadores da Liga da Defesa Nacional, entidade que existe até hoje e que prega o civismo e o patriotismo.
Reformado da carreira militar, Gregório Porto da Fonseca tornou-se diretor da Secretaria da Presidência no governo provisório de Getúlio Vargas, pós-revolução de 1930. No ano seguinte, ingressou na Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira de número 27.
Gregório da Fonseca algumas vezes retornou a Cachoeira e em uma delas, em junho de 1918, envolveu-se com campanha em prol do Hospital de Caridade, protagonizando uma conferência literária no Cinema Coliseu Cachoeirense que o jornal O Commercio, em sua edição do dia 19 de junho, assim descreveu:
Gregorio da Fonseca. Domingo a tarde realizou-se a conferencia litteraria deste nosso illustre conterraneo, em beneficio do Hospital de Caridade, como fôra préviamente annunciado.
Um destes filhos ilustres foi o engenheiro militar e escritor Gregório Porto da Fonseca, nascido em 17 de novembro de 1875, filho de Marcos Gonçalves da Fonseca Ruivo e de Luiza Mariana Porto da Fonseca. Adolescente, empregou-se como caixeiro em uma loja de Cachoeira, onde passava recitando versos do poeta Olavo Bilac, esquecendo-se das suas tarefas... Mais tarde, no Rio de Janeiro, tornou-se amigo pessoal do poeta e um dos fundadores da Liga da Defesa Nacional, entidade que existe até hoje e que prega o civismo e o patriotismo.
Gregório Porto da Fonseca - ABL |
Reformado da carreira militar, Gregório Porto da Fonseca tornou-se diretor da Secretaria da Presidência no governo provisório de Getúlio Vargas, pós-revolução de 1930. No ano seguinte, ingressou na Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira de número 27.
Gregório da Fonseca algumas vezes retornou a Cachoeira e em uma delas, em junho de 1918, envolveu-se com campanha em prol do Hospital de Caridade, protagonizando uma conferência literária no Cinema Coliseu Cachoeirense que o jornal O Commercio, em sua edição do dia 19 de junho, assim descreveu:
Gregorio da Fonseca. Domingo a tarde realizou-se a conferencia litteraria deste nosso illustre conterraneo, em beneficio do Hospital de Caridade, como fôra préviamente annunciado.
Grande Álbum de Cachoeira, de Benjamin Camozato - 1922 |
Pouco depois das 3 horas, os srs. Ernesto Barros e dr. Arlindo Leal foram, de automovel, á residencia da progenitora do conferencista, trazendo-o ao Coliseu, onde Gregorio desembarcou, acompanhado daquella respeitavel senhora, emquanto a banda musical Estrella Cachoeirense executava uma marcha festiva.
O Coliseu, em cujo interior tocou a referida banda encheu-se litteralmente. Dizer-se que essa conferencia constituiu um successo extraordinario não é exprimir-se bem o acontecimento que ficou indelevelmente gravado no espirito e nos sentimentos dos que tiveram a felicidade de assistil-o.
Interior do Coliseu Cachoeirense - Grande Álbum de Cachoeira, de Benjamin Camozato - 1922 |
A apreciação dessa bellissima pagina da nossa litteratura, a "Arte", já está feita pelos competentes e seria, por certo, uma inaudita temeridade nossa tentar pôl-a em relevo.
Baste-nos dar uma pallida noticia sobre a impressão causada, tanto mais que a Cachoeira é sobretudo suspeita desde que se trate de realçar o merito de seu filho dilecto, como é o capitão Gregorio da Fonseca.
Muitas vezes a conferencia foi entrecortada de applausos vibrantes, que traduziam o enthusiasmo e o arrebatamento do auditorio ante a soberana belleza das imagens da dissertação, e, ao terminal-a, o conferencista recebeu uma extraordinaria ovação.
Pelas jovens Coralia Carvalho e Horaida Pinheiro foram-lhe offertados dois artisticos ramalhetes de flores naturaes.
Do Coliseu um grande numero de familias, amigos e admiradores levou-o até ao Club Renascença, onde lhe foi offerecida uma taça de champagne.
Nessa occasião, em nome da sociedade cachoeirense, o saudou o dr. Arlindo Leal, a cuja saudação respondeu Gregorio da Fonseca, visivelmente emocionado.
A banda de musica, que o acompanhára, executou varias peças em frente ao Renascença, durante o tempo em que ali permaneceu o nosso illustre conterraneo, sendo após acompanhado até á casa de residencia de sua venerando Mãi.
O Commercio, associando-se a essas manifestações de admiração e carinho, deixa consignadas nestas ligeiras linhas, as suas homenagens ao brilhante visitante. (O Comércio, 19 de junho de 1918, p. 2).
Gregório da Fonseca faleceu no Rio de Janeiro em 23 de abril de 1934. Havia sido nomeado embaixador do Vaticano, posto que não chegou a assumir.
Em 2014 e novamente em 2015, o Arquivo Histórico recebeu a visita do bisneto de Gregório, Júlio Fonseca do Amaral, que veio à terra natal do bisavô pesquisar mais sobre sua história, ocasião em que doou à biblioteca da instituição um volume com duas das conferências do literato Gregório da Fonseca: Estética das Batalhas e O ciúme dos deuses.
MR
Clube Renascença - Rua Sete de Setembro - Fototeca Museu Municipal |
Gregório da Fonseca faleceu no Rio de Janeiro em 23 de abril de 1934. Havia sido nomeado embaixador do Vaticano, posto que não chegou a assumir.
Em 2014 e novamente em 2015, o Arquivo Histórico recebeu a visita do bisneto de Gregório, Júlio Fonseca do Amaral, que veio à terra natal do bisavô pesquisar mais sobre sua história, ocasião em que doou à biblioteca da instituição um volume com duas das conferências do literato Gregório da Fonseca: Estética das Batalhas e O ciúme dos deuses.
Júlio Fonseca do Amaral - bisneto de Gregório da Fonseca - pesquisa no Arquivo Histórico (2015) |
Obra doada ao Arquivo Histórico |
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