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COMPAHC - 44 anos zelando pelo patrimônio histórico-cultural

No dia 26 de junho de 1981, o prefeito Julio Cezar Mandagaran Caspani assinou a Lei Municipal N.º 1867,  que dispõe sobre a proteção do patrimônio histórico e cultural de Cachoeira do Sul. Trata-se de lei pioneira no município e uma das primeiras do Rio Grande do Sul. Naquele início da década de 1980, muito em razão da criação do Museu Municipal - Patrono Edyr Lima, também pelo prefeito Caspani em 15 de dezembro de 1978, e pela visão de sua diretora, a professora Lya Wilhelm, o olhar da comunidade passou a ser direcionado para o patrimônio que ainda poderia contar a história do quinto município mais antigo do Rio Grande do Sul. A Lei Municipal N.º 1867, em seu artigo 1.º, define que "Constitui o Patrimônio Histórico e Cultural do Município o conjunto de bens móveis e imóveis existentes em seu território e que, por sua vinculação a fatos pretéritos memoráveis e a fatos atuais significativos, ou por seu valor cultural, seja de interesse público conservar e proteger contra a ação des...
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Chuvas ameaçam isolar a cidade de importantes centros do estado

"Chuvas ameaçam isolar a cidade de importantes centros do estado". Apesar da similaridade do que tem ocorrido pouco mais de ano depois da grande enchente de maio de 2024, a manchete é de notícia veiculada pelo Jornal do Povo em junho de 1961! Naquele tempo, a Ponte do Fandango tinha poucos meses de trânsito oficialmente aberto, mas já causava preocupação a possibilidade de não haver acesso através dela em razão das chuvas. Ponte do Fandango - Coleção Claiton Nazar Vejamos o que diz a matéria veiculada no dia 25 de junho de 1961, primeira página do Jornal do Povo : Chuvas Ameaçam Isolar a Cidade de Importantes Centros do Estado Cachoeira do Sul vive na iminência de ficar isolada das demais localidades, cujo acesso é feito pela Ponte do Fandango. Basta uma pequena enchente e êsse isolacionismo a que nos referimos estará decretado, uma vez que não mais nos poderemos servir da ponte do Fandango. Isto porque as duas estradas que a ela dão acesso estarão interditadas. Uma delas (a ...

Série Documentos da Imigração Italiana em Cachoeira: o Comitê Colonial Italiano no Centenário Farroupilha

Dando sequência à série de publicações comemorativas ao sesquicentenário da imigração italiana no Rio Grande do Sul, retrocederemos ao ano de 1935, quando o estado do Rio Grande do Sul realizou grandes festejos pelo transcurso do centenário da Revolução Farroupilha. A colônia italiana do estado, então bem numerosa e atuante, também se envolveu na organização de eventos que marcassem tão significativa data. O jornal O Commercio , de 5 de junho de 1935, publicou uma nota do Comitê Colonial Italiano, com sede em Porto Alegre, conclamando a comunidade ítalo-brasileira a se engajar nas atividades. Diz o comunicado: Centenario Farroupilha Porto Alegre, 8 de maio de 1935. Illmo. Snr. Director do Jornal "O Commercio" - Cachoeira. O Comité Colonial Italiano , organisado pela Sociedade "Dante Alighieri", com séde na "Italica Domus" desta capital e com ramificações de Sub-Comités em todos os municipios do Estado, para promover, em  homenagem ao generoso Povo Gaucho, ...

As cachoeiras do Jacuí

Em 1856, o Dr. Luiz Alves Leite de Oliveira Bello percorreu o território do Rio Grande do Sul, passando por Cachoeira. Além de descrever o que viu depois de um passeio que fez pela vila logo depois do almoço, admirando-se com a Igreja Matriz e o prédio do Império do Divino Espírito Santo, fez outras interessantes observações. Ao se referir ao estado geral da Vila Nova de São João da Cachoeira, escreveu em seu diário de viagem: Esta vila está muito bem situada à margem esquerda do majestoso Jacuí, sobre uma planície elevada e ligeiramente inclinada. Não tem bons edifícios, mas é populosa; tem muito comércio para a serra do mesmo município e para Santa Maria, São Martinho e Cruz Alta. Sem contestação, é a Vila da Cachoeira uma das povoações mais bonitas da Província. Suas ruas são largas e cortadas em ângulos retos. O porto sobre o Jacuí é profundo e cômodo. Se as cachoeiras que há neste rio da cidade do Rio Pardo para cima não embaraçassem a navegação nos tempos da seca, seria a Vila da...

O imponderável acontece

Quem acompanha o blog sabe que desde a pandemia as consultas feitas a distância se multiplicaram. Na medida do possível, levando em consideração o reduzido número de servidores, e quando há referências que permitem a localização rápida do tema solicitado, a busca é feita. Na semana corrente, um pesquisador de Formigueiro, chamado Gildo Bortolotto, entrou em contato com o Arquivo Histórico para solicitar informações sobre processo envolvendo fato acontecido em 1830, tendo por protagonista o carpinteiro Francisco Antônio de Vargas. Como se tratava de processo, o arquivo da Justiça foi consultado no período compreendido entre 1830 e 1834, ano do falecimento do carpinteiro, quando então foi extinta a causa. Nada foi localizado. Em outra ligação do pesquisador, desta feita para obter o resultado da busca procedida no acervo documental, novos fatos relacionados ao evento que originou o processo foram citados, abrindo possibilidades de outras frentes de pesquisa. E aí o imponderável acontece....

Série Documentos da Imigração Italiana em Cachoeira: eleitores do 5º distrito com sobrenomes italianos

Marcando a passagem do Dia da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, em 20 de maio, quando o estado celebrou os 150 anos da chegada dos primeiros colonos italianos, em 1875, o blog traz um documento que registra eleitores da 9.ª Sessão Eleitoral de Cachoeira, instalada no 5.º distrito no ano de 1928. O 5.º distrito, à época, abrangia as localidades de Faxinal do Soturno, Trombudo e Dona Francisca, ampla área de assentamento de imigrantes italianos trazidos para a 4.ª Colônia. Tal documento atesta já o expressivo número de cidadãos com sobrenomes italianos e com direito à participação nos processos eleitorais. Acta da eleição para Intendente, Vice-Intendente e Conselheiros Municipaes. Aos vinte dias do mez de Julho de mil novecentos e vinte e oito, nesta 9.ª Sessão do Municipio de Cachoeira Estado do Rio Grande do Sul, installada a mesa, conforme acta acima lavrada, observadas todas as prescripções legaes, o Presidente declarou iniciados os trabalhos para a eleição marcada para este d...

Lya Wilhelm - Mérito Museológico

Integrando as atividades da 23.ª Semana Nacional de Museus, o Museu Municipal Edyr Lima foi escolhido para ser o depositário de honraria que o Conselho Regional de Museologia - Região 3 - RS conferiu a Lya Wilhelm, cachoeirense que organizou e dirigiu por 18 anos nossa primeira instituição museológica. Lya Wilhelm - MMEL Card da entrega da honraria - 14/5/2025 - SMCult A honraria consta do Diploma do Mérito Museológico do Conselho Regional de Museologia - COREM - 3.ª Região - RS e respectiva medalha, conferidos In memoriam  à museóloga número 29 do Rio Grande do Sul, com trajetória reconhecida na área de museus ainda ao tempo em que não havia cursos de graduação no sul do Brasil. Diploma e medalha do Mérito Museológico do COREM - 3.ª Região - RS - Foto SMCult A entrega ao acervo do Museu Municipal foi procedida pela sobrinha de Lya Wilhelm, Lúcia Wilhelm Véras de Miranda, em nome de sua família, e pela presidente do COREM - 3.ª Região - RS, Aline Escandil, ao Prefeito Municipal Lea...