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Mostrando postagens de setembro, 2022

E as vilas de Cachoeira viraram bairros

Há quarenta anos o município, seguindo avaliação do vereador Gilson Gomes Lisboa, corrigiu a denominação das vilas, tornando-as bairros. Segundo noticiou o Jornal do Povo,  de 30 de setembro de 1982, a decisão, que não foi do agrado do então prefeito Julio Cezar Caspani, foi aprovada. Vilas passam a ser bairros, mas contra a vontade do Prefeito A partir de hoje, deixam de existir as vilas Barcelos, Marina, Carvalho, Fátima, Oliveira e Soares. Em seus lugares surgem agora seis bairros com o mesmo nome, de acordo com o que determina a lei municipal promulgada pela Câmara de Vereadores, a qual não contava com a simpatia do prefeito Julio Cezar Caspani e só acabou instituída por decurso de prazo. O projeto de lei é de autoria do vereador peemedebista Gilson Gomes Lisboa, que alegou a necessidade de dar aos locais a denominação mais correta do ponto de vista jurídico, embora o alcance da sua proposição ultrapassasse o atendimento de uma simples questão técnica. Sustentando que a designação

Um raro documento

O acervo documental do Arquivo Histórico guarda surpresas, pois tal é a sua riqueza que poderá abastecer os olhares atentos de pesquisadores ainda por um incontável número de anos. Como a história pode ser analisada de diferentes ângulos, muitas vezes um único documento pode oferecer múltiplos vieses de abordagem e exploração de conteúdo.  O conjunto de documentos que ora se apresenta foi constituído a partir de um requerimento feito por uma viúva ao Palácio do Governo, em Porto Alegre, no ano de 1822. A mulher, moradora na Vila de Taubaté, província de São Paulo, de nome Angela Ramos Vieira, solicitava, por meio de seu procurador Alexandre de Abreu Valle, a posse das terras que seu marido morreu defendendo na província do Rio Grande. O marido de Angela era o capitão de milícias Policarpo Pires Maxado, assassinado pelos infieis e Barbaros Charruas .  Requerimento de Angela Ramos Vieira - CM/OF/Requerimentos - Caixa 13 Segundo o que consta no requerimento da viúva, os bens que ela reque

Eleição anulada!

Eleição anulada em 1904!   Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado dos Negocios do Interior e Exterior Porto Alegre, 16 de setembro de 1904. Aos Srs. Presidente e membros do conselho municipal da Cachoeira: Communico-vos, para os devidos effeitos, que o Sr. Presidente do Estado lançou, a 12 do corrente mez, o seguinte despacho no recurso que lhe apresentaram os cidadãos Antonio Antunes de Araujo e Virgilio Carvalho de Abreu contra a apuração que esse conselho fez da eleição de intendente e conselheiros ahi effectuada a 20 de agosto findo: "Tendo a junta apuradora decretado a nullidade das 8.ª e 16.ª secções, pelo facto de conter a acta d'aquella duas assignaturas escriptas com tinta differente e ter sido a acta d'esta firmada por pessoa extranha e somente competente para a sua transcripção no livro respectivo; e, considerando nullas as elleições das 2.ª, 17.ª e 18.ª secções, em que deixou de ser observado o voto a descoberto; a da 12.ª, por terem sido interrompido

Como Cachoeira comemorou o centenário da Independência em 1922

2022. O Brasil chegou aos 200 anos de independência de Portugal, por ato do Príncipe Regente D. Pedro, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822. Seu grito de "Independência ou morte" ainda retumba entre nós, carregado de mil significados, mas reconhecido como o ato extremo que marcou o início de uma nova era para o Brasil, libertando-o do estado de colônia de Portugal. Quadro Independência ou Morte (ou O grito do Ipiranga), de Pedro Américo As comemorações em 2022 pretendem ser grandiosas, mas tiveram, no primeiro centenário, uma participação muito expressiva em todos os recantos do país, e muito especialmente em Cachoeira, como refere o jornal O Commercio. Em suas páginas, meses antes, as autoridades e articulistas lembravam da importância da cidade comemorar à altura o primeiro centenário da Independência do Brasil, sendo Benjamin Camozato um dos mais entusiastas, preparando que estava o seu "Grande Álbum de Cachoeira no Centenário da I

Agosto no Arquivo Histórico

Agosto foi mês significativo para o Arquivo Histórico, pois no dia 5 foram comemorados os 35 anos de atividades desta importante e valorosa instituição de memória que tão significativos serviços tem prestado à comunidade cachoeirense e a interessados de outros municípios. Além das atividades comemorativas dos 35 anos, constante de palestra sobre Os Açorianos em Cachoeira, proferida pelas ex-pesquisadoras do Arquivo Histórico, Ione Maria Sanmartin Carlos e Maria Lucia Mór Castagnino, a instituição homenageou seu saudoso amigo e colaborador Armando Fialho Fagundes, que proferiu uma frase muito significativa e incentivadora do trabalho de manutenção e difusão dos documentos da nossa história. Disse ele: "É muito bom constatar que pessoas trabalham para preservar a memória da cidade e manter o acesso às experiência das coisas e pessoas responsáveis pela nossa identidade." A frase de Armando Fialho Fagundes apresentada pelas assessoras Mirian Ritzel e Neiva Köhler Ione M. S. Carlo