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Mostrando postagens de julho, 2018

Contratos não cumpridos

Não é de hoje que a administração municipal amarga abandono de obras contratadas a quem descumpre cláusulas. Um ofício do Intendente Annibal Loureiro, datado de 17 de novembro de 1921, dirigido ao presidente do Conselho Municipal (equivale hoje ao presidente da Câmara de Vereadores), concede informações sobre um requerimento de Francisco Biffano relativo à cobrança de valores por serviços executados no Bairro Rio Branco. A resposta do intendente demonstra que houve descumprimento de um contrato e infere que os contratados terceirizaram os serviços sem notificação para ajustamento de cláusulas. No final das contas, a municipalidade não teve a obra desejada levada a termo e nem o terceirizado o pagamento de seus supostos serviços... 17 de novembro de 1921 Illm.º Snr. Josè Carlos Barbosa. D. D. Presidente do Conselho Municipal. N. Cidade Em resposta ao vosso officio n.º 5, de 8 do corrente, em o qual me solicitaes informações sobre o objecto do incluso requerimento de Fr

Barcas e problemas... História antiga!

Não é de hoje que a travessia do Jacuí oferece embaraços... Há muitas histórias, desde tempos muito afastados, envolvendo questões entre as autoridades municipais e os prestadores de serviços de traslado pelo rio e destes com as condições das embarcações ou dos passos a serem transpostos. Uma destas histórias, de 1865, remete à preocupação das autoridades com a passagem do Imperador Pedro II pelo passo de São Lourenço, quando de sua visita a Cachoeira à época da Guerra do Paraguai. Por várias vezes antes da visita a Câmara Municipal foi instada a tomar providência para melhorar o serviço da barca disponível: 26/7/1865 - CM/OM/Ofícios-Caixa 10 Porto Alegre - Gabinete do Ministro dos Negocios da Guerra                         em 26 de Julho de 1865 Constando estar arruinada a barca de passagem do Passo de S. Lourenço, sirva-se V.S.ª dár as devidas providencias afim de que se áquelle Passo encontre S. M. o Imperador e sua comitiva as barcas e balsas necessarias para s

Bancos para a Praça do Mercado e da Igreja

Corria o ano de 1906. A Intendência Municipal, sob o comando do Dr. Cândido Alves Machado de Freitas, buscava empreender melhorias nos espaços urbanos da então acanhada cidade da Cachoeira. As duas principais praças, a da Igreja (atual Dr. Balthazar de Bem) e a do Mercado (oficialmente Praça José Bonifácio desde o século XIX), já rivalizavam em movimento. A primeira, pela vizinhança da Igreja Matriz, do prédio da Intendência e do Teatro Municipal; a segunda, pela localização do Mercado Público e de casas comerciais importantes. Teatro e Intendência Municipal - Fototeca Museu Municipal Igreja Matriz - Fototeca Museu Municipal Dentre as melhorias pretendidas para as duas praças estavam a arborização e a colocação de bancos para os frequentadores. Para tanto, a Intendência passou a receber propostas de empreiteiros dispostos a fabricarem e colocarem os bancos nos jardins das praças. Apresentaram-se, em maio de 1906, João d'Araujo Bastos e Crescencio da Silva Santos,

1900 - Linguagem das Luvas

Uma diferença quase abissal separa o ano 1900 de 2018! A comunicação entre as pessoas hoje se dá majoritariamente no dedilhar em celulares e poucas não são as vezes que elas se comunicam, mesmo que lado a lado, por meio de mensagens no WhatsApp! Imaginemos então como seria a comunicação entre homens e mulheres há 118 anos, quando ambos ensaiavam algum flerte... Flerte? Palavra também em desuso nos nossos dias. Traduzindo: aproximação, paquera...  A moda, por incrível que pareça, também é fator de interferência nas atitudes das pessoas. Em 1900, os trajes eram recatadíssimos. Homens e mulheres deixavam entrever poucas partes de seus corpos e as luvas eram acessórios de ambos. http://pinicando.blogspot.com/2012/11/historia-da-moda.html https://estilocool.wordpress.com No jornal O Commercio , em sua edição inaugural de 1.º de janeiro de 1900, página 1, um interessante texto chama a atenção, pois informa a linguagem das luvas, ensinando aos enamorados códigos para o se