Pular para o conteúdo principal

Jornal O Correio Rumo a Uma Nova Era

O Arquivo Histórico é o depositário das coleções dos jornais cachoeirenses e fonte de consulta das notícias veiculadas na nossa imprensa desde 1900, ano em que teve início a publicação do semanário O Commercio, órgão que registrou o cotidiano local durante 66 anos. Oferece também alguns exemplares do jornal Rio Grande, menos conhecido por ter circulado por período mais curto, entre 1904 e 1915, e do Jornal do Povo, fundado em 1929, diário que já atinge 86 anos de circulação ininterrupta.
O mais jovem dos jornais que estão depositados no Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico, o O Correio, com circulação desde 1992, é o primeiro a mudar o formato, abandonando a mídia impressa para circular somente em ambiente virtual. É uma nova era que se impõe à imprensa e que já tinha sido adotada pelos dois jornais diários da cidade, o Jornal do Povo e o próprio O Correio, concomitantemente à publicação em meio físico. 
Ainda que o universo da WEB seja cada vez mais habitado, é de se lamentar a não impressão de um jornal que ensejava consultas e pesquisas entre os frequentadores do Arquivo Histórico, embora a capacidade de acompanhar o dia a dia da cidade não se esgote pelo caráter de instantaneidade que o meio digital permite e pela facilidade de acesso, já que os leitores podem buscar os conteúdos de onde estiverem apenas com um clique no link www.ocorreio.com.br

Um pouco da história de O Correio

O primeiro exemplar, a chamada edição de número zero do então Correio Popular, de 22 de março de 1992, dizia que teria linha editorial independente, sem submissões de qualquer espécie e nem concessões a fatores estranhos à melhor qualidade do jornalismo. O fato social, político, econômico será analisado segundo os rigorosos limites de isenção a plano ético, apanágio do bom jornalismo. (...) Lutaremos pelos desígnios de progresso da comunidade cachoeirense, incentivando todas as iniciativas, partam de onde partirem, no sentido do engrandecimento desta terra. Este será nosso rumo agora e no futuro. É a nossa promessa. À época da fundação era o diretor geral o Dr. Pedro Germano.



Edição número zero do jornal Correio Popular - 22/3/1992
- Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico
Em novembro de 1997 o jornal trocou de nome, passando a se chamar O Correio. Por esta época também começava a investir em mais cores na impressão.

Primeira edição com o novo nome: O Correio - 15-16/11/1997
- Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico
E, finalmente, na última edição do mês de novembro de 2015, O Correio anunciou aos assinantes e leitores que passaria a investir em Inovação, notícia em tempo real e com acesso gratuito. Esse é o novo perfil do jornal O CORREIO a partir de agora, que passa da versão impressa para ONLINE (www.ocorreio.com.br), com as notícias ao alcance da mão, a qualquer tempo, em qualquer lugar. Sejam bem-vindos a esse novo jeito de ler jornal! 
Viramos a página, diz a manchete da última edição impressa, pondo fim a uma sequência de 23 anos de circulação.


Última edição impressa de O Correio - 28-29/11/2015
- Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico
O Correio e seus exemplares já históricos
- Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico

As máquinas de impressão de O Correio cessaram sua azáfama diária, mas o ambiente virtual seguirá abastecendo a comunidade das informações que registram o cotidiano, das indagações que permeiam o mundo e dos desafios que a comunicação em seus mais diversos meios e formatos enfrenta numa sociedade que, mais do que tudo, quer acompanhar instantaneamente a evolução do seu meio e do mundo que a cerca.
Ao Arquivo Histórico, na condição de guardião da memória jornalística de Cachoeira do Sul, caberá seguir oferecendo aos seus usuários e pesquisadores a oportunidade de "virarem as páginas" do jornal O Correio. Literalmente!

MR

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Casa da Aldeia: uma lenda urbana

Uma expressão que se tornou comum em nossos dias é a da "lenda urbana", ou seja, algo que costuma ser afirmado pelas pessoas como se verdade fosse, no entanto, paira sobre esta verdade um quê de interrogação!  Pois a afirmação inverídica de que a Casa da Aldeia é a mais antiga da cidade é, pode-se dizer, uma "lenda urbana". Longe de ser a construção mais antiga da cidade, posto ocupado pela Catedral Nossa Senhora da Conceição (1799), a Casa da Aldeia, que foi erguida pelo português Manoel Francisco Cardozo, marido da índia guarani Joaquina Maria de São José, é mais recente do que se supunha. Até pouco tempo, a época tida como da construção da casa era dada a partir do requerimento, datado de 18 de abril de 1849, em que Manoel Francisco Cardozo: querendo elle Suppl. Edeficar umas Cazas no lugar da Aldeia ecomo Alli seaxe huns terrenos devolutos na Rua de S. Carlos que faz frente ao Norte efundos ao Sul fazendo canto ao este com a rua principal cujo n...

Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura - 90 anos

O mês de maio de 2019 está marcado por um momento significativo na história da educação de Cachoeira do Sul. No dia 22, o Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura chegou aos seus 90 anos carregando, neste transcurso de tempo, desafios, dificuldades e conquistas. Muitas crianças e jovens passaram por seus bancos escolares, assim como professores e servidores dedicados à desafiadora tarefa educativa. A história do João Neves, como popularmente é chamado aquele importante educandário, tem vínculos enormes com seu patrono. Em 1929, quando a instituição foi criada com o nome de Escola Complementar, o Dr. João Neves da Fontoura era vice-presidente do estado e há pouco havia concluído uma gestão de grandes obras como intendente de Cachoeira.  Em 1927, ano em que Borges de Medeiros resolveu criar escolas complementares no estado para a formação de alunos-mestres, imediatamente João Neves empenhou-se para que uma destas escolas fosse instalada em Cachoeira, município p...

Série Documentos da Imigração Italiana em Cachoeira: o médico italiano Silvio Scopel

Um dos médicos que mais marcou a história da medicina em Cachoeira do Sul, certamente, foi o italiano Dr. Silvio Scopel que aqui reconstruiu sua vida e viveu por 38 anos. Silvio  Giovanni Giacomo Scopel nasceu em 7 de fevereiro de 1879, na província de Belluno, filho de Giovanni Scopel e Teresa Cricco Scopel. Formou-se médico em 1901, pela Universidade de Pádua, atuando como médico cirurgião e parteiro em diferentes cidades italianas. Em 1906, casou com Margherita Dal Mas, não tendo descendência desta união. O casamento não durou muito, pois Margherita faleceu, causando profunda tristeza no jovem médico. Tal estado de ânimo o fez optar por, na companhia de um colega e amigo, também médico, Dr. Alvise Dal Vesco (também aparece Dalvesco), vir para o Brasil. Sua chegada em Cachoeira se deu no ano de 1912, oferecendo os dois médicos os seus serviços, inicialmente prestados nas farmácias Popular e Nova, na Rua 7 de Setembro. Dr. Silvio Giovanni Giacomo Scopel - MMEL Propaganda do D...