Corria o ano de 1877. A velha Cachoeira, assim como toda a Província do Rio Grande do Sul, vivia uma enorme seca. A situação de estio e as decorrências de seu prolongamento são de nosso amplo conhecimento, pois o recente 2022 repetiu tão nefasto fenômeno, cujas consequências se fazem sentir ainda fortemente em 2023. A informação chegou até nós graças ao livro Copiador elaborado pelo historiador Aurélio Porto, quando desempenhou as funções de Secretário de Arquivo e Estatística do Município na primeira década do século XX. Nesse livro ele organizou um índice explicativo dos documentos produzidos pelas administrações municipais desde a instalação da Vila Nova de São João da Cachoeira, no memorável 5 de agosto de 1820. Assim ele registrou o assunto: 7.º - Actas - 1877 - (...) Neste anno ha enorme secca, como nunca fôra visto que occasionara indiscriptiveis prejuisos á lavoura e á criação do Municipio. Em 23 de Maio é nomeada uma commissão para computar os prejuisos causad...