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Mostrando postagens de junho, 2020

Gafanhotos!

As últimas notícias que dão conta de uma imensa nuvem de gafanhotos que se aproxima do Rio Grande do Sul tem posto em alvoroço as autoridades e a população. Em época de pandemia e de economia combalida, tudo o que não poderia acontecer é uma destruição massiva das culturas que estão em nossos campos. Nuvens de gafanhotos não são acontecimentos inéditos, embora menos comuns nos dias de hoje. Há relatos nos jornais e documentação no Arquivo sobre sucessivos ataques e os meios utilizados para conter a sanha destrutiva destes insetos. O Comércio de 23 de setembro de 1906, em sua primeira página, traz a seguinte notícia: Jornal O Commercio, 26/9/1906, p. 1 Extincção dos gafanhotos Por intermedio das intendencias municipaes, a Estação Agronomica do Estado tem distribuido um folheto em portuguez, italiano e allemão, contendo instrucções sobre a extincção dos gafanhotos, as quaes se reduzem ao seguinte: Desova. - Na época da desova convém espantar os gafanhotos, afim de

Análise das águas do rio Jacuí e do arroio Amorim

Em 1911, respondendo a um ofício da Intendência Municipal de Cachoeira, a Diretoria de Higiene do Estado do Rio Grande do Sul apresentou o resultado da análise de quatro garrafas de água retiradas do rio Jacuí e do arroio Amorim: Ofício de resposta da Diretoria de Higiene - IM/HA/SA/Ofícios - 3/8/1911 Pelas amostras encaminhadas para o laboratório da Diretoria de Higiene, as águas apresentavam as seguintes características:  Rio Jacuí                                                                                           Arroio Amorim Resíduo fixo a + 110º por litro - 0,115                                                         0,064 Perdas ao rubro por litro - 0,030                                                                 0,019 Dureza total em CaO por 100 litros - 1,6008                                                1,0670 Dureza temporal em CaO por 100 litros - 0,5338                                         0,2666 Dureza permanente em CaO por 100

A chegada do telefone

O telefone, aparelho inventado por Graham Bell em 1876, chegou a Cachoeira no ano de 1904, quando aqui se instalou a empresa de Emilio Guardiola, denominada Telephone Commercial. Ainda era uma operação bem rudimentar, se comparada com o avanço que a telefonia atingiu nos últimos tempos, especialmente no que se refere a telefones móveis, impensáveis no começo do século XX. Aqueles eram tempos em que o máximo de modernidade estava atrelada à telefonia fixa, comandada por uma telefonista, a quem os usuários solicitavam a operação de localizar, chamar o número pretendido e estabelecer a ligação. Os aparelhos da época, último lançamento, tinham o formato de castiçal e eram acionados por uma manivela, acessando a telefonista que completava a ligação. O processo às vezes era demorado e regularmente apresentava falhas devido a problemas operacionais. Telefone tipo castiçal, modelo 1904 - Pinterest Em abril daquele ano, o empreendedor Emilio Guardiola esteve na cidade para dar iníci