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Mostrando postagens de julho, 2021

Bar América - plantas no acervo do Arquivo Histórico

A notícia de obras de recuperação e melhoria do Bar América para nele ser instalada a futura Secretaria Municipal da Cultura faz renascer a esperança de ver aquela parte nobre da Praça José Bonifácio revitalizada e, ao mesmo tempo, viabilizar espaço e melhores condições à valiosíssima área cultural do município.  A história do Bar América remonta ao ano de 1943, quando a imprensa noticiou que a Prefeitura Municipal pretendia construir um quiosque-bar na Praça José Bonifácio. Assim noticiou o jornal O Comércio , de 17 de março daquele ano: A Praça José Bonifácio será dotada de um quiosque-bar Faz parte do programa de reforma da cidade, desde o calçamento das principais ruas, a construção de um quiosque-bar na Praça José Bonifácio. De tempos em tempos, o nosso Governo Municipal faz publicar editais de concurrencia publica para a construção e exploração de um bar naquele local, mas estes não apareciam. Agora, foi posta em fóco novamente a questão e apresentou-se um único candidato, que en

A utilidade da imigração

A imigração foi um processo importante para a ocupação do imenso e pouco povoado território brasileiro no século XIX e, ao mesmo tempo, desafogador da Europa. Aqui radicados, imigrantes europeus contribuíram também para o desenvolvimento econômico e para a vida social e cultural.  No século XX, outras levas de imigrantes vieram, estando Cachoeira incluída no recebimento de judeus, sírios, libaneses e palestinos, notadamente, tendo chegado mais tarde os japoneses. Uma circular remetida à Intendência de Cachoeira, em 21 de janeiro de 1925, pela Sociedade Nacional de Agricultura, entidade de utilidade pública fundada em 1897, mostrando suas finalidades de promover o desenvolvimento da produção brasileira, continha um questionário acerca do pensamento corrente sobre a imigração, com ênfase na ideia da promoção da vinda da immigração amarella e na verificação da aceitação da immigração negra . No documento, assinado por Lyra Castro, presidente da entidade, constavam as seguintes questões: I

Receita e despesa do município de Cachoeira há 100 anos

Um quadro gráfico elaborado com capricho e à mão pela Secção de Estatistica da Intendência Municipal registra minuciosamente dados relativos à receita e à despesa do município de Cachoeira entre 1821 e 1920.  O servidor municipal que se atirou à tarefa de transpor os dados para o papel, quadriculou meticulosamente a folha acartonada, estabelecendo um comparativo de 200 anos, ou seja, desde o primeiro ano de existência da Vila Nova de São João da Cachoeira, quando a Câmara Municipal administrava os negócios públicos e disciplinava a vida dos cidadãos, até 1920, período da Intendência. Por essa época, a administração pública era comandada pelo intendente municipal e acompanhada em suas ações pelo Conselho Municipal, equivalente ao poder legislativo atual e então desempenhado pelos conselheiros. Vamos aos dados. Em 1821, a receita da Vila Nova de São João da Cachoeira foi de 201.160 réis, ficando a despesa na casa de 173.593. Houve, portanto, uma sobra positiva de recursos, ainda que os m

Vigário ou vigarista?

Em tempos de flagelo, como acontece nas guerras e nas pandemias, é comum o gesto humanitário de socorro a vítimas de tais eventos. Mas como o homem é sempre o homem, independente dos tempos e das épocas, há os que são genuinamente solidários e há os que buscam tirar proveito pessoal das situações. Terminada a I Grande Guerra, que ocorreu na Europa entre 1914 e 1918, maléficas foram as consequências. Milhares de famílias foram atingidas em sua integridade e bens, restando um número enorme de órfãos desassistidos. Movimentos de amparo foram deflagrados em todo o mundo, notadamente pela Cruz Vermelha, instituição criada em 1863 para garantir a proteção e a assistência a vítimas de conflitos armados e tensões. Por outro lado, interessados em ganhar dinheiro em cima da desgraça alheia começaram a surgir, vindo notícia de Palmas, interior do município de Cachoeira, em janeiro de 1920, dando conta da presença de um sujeito que se fazendo passar por padre andava de casa em casa atrás de donati

Inauguração das Casas Pernambucanas

A notícia veiculada na imprensa de que em breve as Casas Pernambucanas voltarão a abrir as portas em Cachoeira do Sul despertou a curiosidade e o interesse de buscar informações sobre a instalação da primeira filial dessa popular casa comercial na cidade. Vem do Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico a resposta. O Commercio , 24/6/1931, p. 1 Folheando as páginas dos jornais O Commercio  e Jornal do Povo  da década de 1930 e partindo da notícia da inauguração da segunda loja das Casas Pernambucanas em Cachoeira, ocorrida em setembro de 1936, uma rápida volta no tempo levou ao dia 8 de julho de 1931: O Commercio, 8/7/1931, p. 1 Casas Pernambucanas. - Com a presença de exmas. sras., senhoritas e cavalheiros, representantes das autoridades do municipio e da imprensa local, foi inaugurada, ás 10 horas da manhã de quarta-feira ultima, no predio da rua Julio de Castilhos n.º 159, a Filial das Casas Pernambucanas, cuja gerencia está a cargo do sr. José Aquino, muito conhecido e relacionado ne