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Mostrando postagens de novembro, 2017

Segurança - uma ânsia de todos os tempos

As questões de segurança, embora pareçam ser um problema moderno, sempre estiveram no topo das preocupações dos cidadãos cachoeirenses. Ao tempo do início da povoação, ainda no século XVIII, dentre outras, a ameaça de ataques dos índios selvagens, chamados pelos padres de infiéis, atemorizava as famílias dos primeiros moradores.  No primeiro livro de assentos de óbitos da Diocese de Cachoeira do Sul há registros de mortes provocadas por ataques de índios, como o caso ocorrido em 9 de setembro de 1796, quando foram atacados e  desgraçadamente mortos pelos infiéis tupis  Maria Pedroza, viúva de 70 anos aproximadamente, a filha Luzia Garcia, viúva, e os netos Roza, solteira, e os menores Felippe, de 10 anos, e Joanna, sete anos. Como se vê, aqueles eram tempos de vida selvagem e abandono à própria sorte... Houve períodos de revoluções, especialmente a Guerra dos Farrapos, quando por diversas vezes a vila foi tomada ora por legalistas, ora por farroupilhas. O medo andava por todos

Dr. João Neves da Fontoura - 130 anos

Há 130 anos, nascia em Cachoeira João Neves da Fontoura, filho de Isidoro Neves da Fontoura e de Adalgisa Godoy da Fontoura, um dos vultos mais ilustres e importantes desta terra. Dr. João Neves da Fontoura - Fototeca Museu Municipal Em 16 de novembro de 1927, por ocasião de seu 40.º aniversário, João Neves foi alvo de homenagens. A notícia que ocupou a primeira página do jornal O Commercio , edição de 23 de novembro, dá mostras do quão importante já era o jovem político, cuja trajetória futura o consagraria ainda mais.  Dr. João Neves da Fontoura O nosso illustre amigo dr. João Neves da Fontoura, "leader" da maioria republicana da Assembléa e candidato á vice-presidencia do Estado, recebeu, por motivo do seu anniversario natalicio, a seguinte carta de congratulações que lhe enviou o dr. Borges de Medeiros, eminente presidente do Estado e chefe do Partido Republicano Rio-Grandense. "Porto Alegre, 16 de novembro de 1927. - Prezado amigo dr. João Neves

Uma cápsula para daqui um século

As comemorações do centenário de criação do 3.º Batalhão de Engenharia de Combate de Cachoeira do Sul, inicialmente sediado em São Gabriel e instalado em Cachoeira em 1924, foram determinantes para que uma cápsula do tempo, assentada no dia 2 de abril de 1922, fosse localizada sob a pedra fundamental do quartel. A abertura do artefato fez emergir do passado muito da história daquele dia, com a grata surpresa do achado de exemplares raros de jornais, como A Palavra , de Fábio Leitão, casualmente falecido no dia 10 de novembro de 1924, no Barro Vermelho, em episódio histórico que envolveu este mesmo batalhão. Militares que localizaram a cápsula de 1922 - Foto Jornal do Povo No dia 10 de novembro de 2017, coroando as comemorações que se desenrolaram ao longo de todo ano, aconteceu a inauguração do monumento que marca os 100 anos da corporação (projetado pelo arquiteto Osni Schroeder), quando outra cápsula do tempo ocupou o lugar da primeira, desta vez portando para daqui um séc

Um cemitério para a Vila

Até meados da primeira metade do século XIX era prática corrente em todo o Brasil enterrar os mortos dentro das igrejas e cabia aos padres a tarefa de registrar nos livros correspondentes os assentos de batismos, casamentos e óbitos dos fiéis, bem como providenciar os sepultamentos. Na Vila Nova de São João da Cachoeira não era diferente e, apesar dos incômodos, especialmente o mau cheiro dos corpos em decomposição na estrutura mal vedada das paredes da Igreja Matriz, as autoridades nada faziam para solucionar a prática. Até que em 4 de outubro de 1827, o cirurgião-mor do Império, Gaspar Francisco Gonçalves, fez um alerta em sessão dos vereadores, prevenindo-os da urgente necessidade da construção de um cemitério fora da vila. Em seu pronunciamento, Gaspar Francisco Gonçalves foi contundente, afirmando que sepultar os mortos dentro da igreja consistia em causa pestífera assaz capaz de infeccionar uma grossa cidade, quanto mais uma vila tão pequena, como se prova pelas grandes