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Mostrando postagens de setembro, 2017

A escrava que foi a pé até Rio Pardo

Uma série de documentos advindos dos aparelhos da justiça, com datas anteriores à Revolução Farroupilha e que estão cuidadosamente preservados no Arquivo Histórico, começaram a passar por processo de transcrição. Sob o olhar atento da assessora Maria Lúcia Mór Castagnino, a Ucha, as urdiduras do passado têm vindo à tona. E as situações são surpreendentes e às vezes inusitadas, revelando aspectos de um tempo distante e absolutamente distinto do atual. Ucha em atento trabalho de transcrição O documento em transcrição é um auto cível de averiguação, datado de 16 de dezembro de 1829, cujo suplicante era Jozé Raimundo da Cunha, senhor da escrava Matildes, que estivera desaparecida desde setembro daquele ano. A audiência e lavratura dos correspondentes registros foram feitas em caza de morada do Juis de Pás Suplente o Capitão Bernardo Moreira Lirio onde Escrivão do seu Cargo adiante nomeado e asignado foi vindo e sendo ahi tão bem prezente o Capitão Jozé Raimundo da Cunha (...).

Arrombaram a loja do estrangeiro!

Um documento do acervo da Justiça, mais especificamente um auto de corpo de delito feito em 16 de janeiro de 1832, mais do que um registro da sistemática da época, fornece, 185 anos depois do acontecido, detalhes do que uma casa comercial de fazendas oferecia à sua clientela e a forma como o proprietário recolhia a féria das vendas. 1.ª folha do auto de corpo de delito - 16/1/1832 - Acervo documental de Justiça Última folha do auto de corpo de delito Desde 1829 Cachoeira contava com uma casa comercial bastante sortida e de longe a maior da redondeza, propriedade de Antônio Vicente da Fontoura, figura proeminente na política da época. Eis que a peça judicial apresenta uma loja de fazendas , que vendia também outras mercadorias, pertencente ao estrangeiro Estevão Lombardo, presumivelmente o primeiro italiano a se estabelecer em Cachoeira, em que pese não haver registro de outro anterior. Pois a loja de Estevão fora supostamente arrombada à noite, sem que do ato houvesse

Sete de Setembro

SETE DE SETEMBRO Silencio!... não turbeis na paz da morte Os manes que o Brazil quasi esquecia!... E' tarde!.. Eis que espedaça a lousa fria De um vulto venerando o braço forte!... Surgiu!.. A magestade traz no porte, Onde o astro da gloria s'irradia!... Vem, grande Andrada, adivinhaste o dia!... Vem juntar ao da patria o teu transporte!... Recua?!.. Não se apressa em vir saudal-a; Cobre a fronte brilhante de heroismo, E soluça!.. O que tem?!. Eil-o que fala; "Oh! patria que eu salvei do despotismo! Lá vejo a corrupção que te avassalla! Não te conheço!.." E se afundou no abysmo!..                                Felix Xavier da Cunha Soneto publicado em O Commercio, 4/9/1907 - Acervo de Imprensa do Arquivo Histórico O soneto acima, do advogado, jornalista, escritor e político Félix da Cunha, foi publicado pelo jornal O Commercio , edição do dia 4 de setembro de 1907 ao ensejo da comemoração da data da independência do B

Arquivo além de Arquivo

Na semana transata, como reza o linguajar dos jornais do passado, o Arquivo Histórico cumpriu com uma das prerrogativas previstas em seu regimento, ou seja, realizou ou foi colaborador em atividades de extensão, levando para além de suas paredes contribuições que se tornaram possíveis pela difusão de suas riquezas documentais. Foi assim com as acadêmicas Caroline Alves Silveira e Marceli Schvartz, do Curso de Engenharia de Transportes e Logística, do campus local da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, que se utilizaram do acervo bibliográfico e de imprensa do Arquivo Histórico para embasar parte de seu trabalho intitulado "Estudo Bibliográfico e Documental sobre os Cinco Modais de Transporte no Município de Cachoeira do Sul - RS". Oito acadêmicos do Curso de Engenharia de Transportes e Logística e bolsistas do Laboratório de Mobilidade e Logística (Lamot) da UFSM/Cachoeira, dentre os quais Caroline e Marceli, representarão Cachoeira do Sul no 31.º Congresso Anual