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Mostrando postagens de abril, 2021

Proibido sepultar nas igrejas!

O acervo documental do Arquivo Histórico abre janelas incríveis para o passado. Uma dessas janelas descortina um ofício datado de 11 de abril de 1831 e conduz para uma realidade de 190 anos atrás, quando a prática do sepultamento dos mortos nas igrejas e em seus entornos fazia parte do cotidiano nas vilas e cidades do Brasil recém-independente. No ofício, assinado pelo vigário Ignacio Francisco Xavier dos Santos, que por longos 44 anos ficou à frente do comando da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição (1798 - 1842), há uma pormenorizada circunscrição dos fatos envolvendo as questões de sepultamentos e as exigências legais que sempre os cercaram.  Eis o documento: Ofício do vigário - 11/4/1831 - CM/OF/Ofícios - Caixa 12 Sequência do ofício do vigário - CM/OF/Ofícios - Caixa 12 Na sua longa carta ao presidente e mais vereadores da Câmara da Cachoeira, o vigário Ignacio Francisco discorreu sobre todas as providências que tomara para atender às disposições das autoridades sobre as regra

Hidráulica Municipal

No ano do centenário de inauguração da primeira hidráulica de Cachoeira, o Arquivo Histórico vem levantando o processo de execução dessa importantíssima obra. Até 20 de setembro de 2021, quando o centenário se fechará, o blog postará mensalmente uma notícia ou documento relativo aos trabalhos do seu erguimento. Evento realizado em 20/9/2011 - 90 anos da Hidráulica Municipal - foto Mirian Ritzel Em sua edição de 30 de março de 1921, o jornal O Commercio , à primeira página, trouxe a seguinte notícia: Hydraulica Municipal. - Vão adeantados os trabalhos da hydraulica municipal, que estão sendo executados sob a direcção do dr. João Protasio Pereira da Costa, chefe da Secção de Obras Publicas Municipaes. Estão assentes já os canos de quasi toda a rua Sete de Setembro e parte das ruas 7 de Abril, Firminiano, Moron, 15 de Novembro e Luiza. O dr. Annibal Loureiro acaba de solicitar da Secretaria de Obras Publicas a autorisação necessaria para dar andamento a mais uma parte da rêde, a que corre

Inauguração e consagração da Igreja de Lutero

No dia 19 de abril de 1931, a comunidade alemã de Cachoeira pôde comemorar a realização de um sonho que teve início quando os primeiros imigrantes trocaram a colônia pela cidade: o de ter uma igreja para celebração da sua fé. Naquele dia, oito meses depois do início da construção da então chamada Igreja de Lutero, no Bairro Rio Branco, grande foi a reunião de luteranos. Integrantes da comunidade local e das cidades vizinhas buscavam posicionar-se nas imediações da esquina da Rua Venâncio Aires (hoje Presidente Vargas) com Deoclécio Pereira (atual Isidoro Neves) para assistirem aos atos de inauguração e consagração do templo. Construção do Templo Martim Lutero - Museu Municipal O jornal O Commercio,  de 22 de abril de 1931, em sua primeira e segunda páginas, traz pormenorizada descrição dos atos que se sucederam desde sábado, dia 18, quando na gare da Estação Ferroviária foram recebidos diversos convidados para o ato inaugural. No domingo, dia marcado para a festa, apesar de ter amanhec

Ponte do Jacuí

A Ponte do Jacuí, uma das obras mais demoradas e cheia de percalços da nossa história, estava fadada a não funcionar desde que começou a ser planejada. Depois de mais de duas décadas da concorrência para a sua construção, que se deu em 13 de julho de 1849, vencendo Ferminiano Pereira Soares a licitação, só em 1871 ela foi concluída por outro empreiteiro, Giuseppe Obino.  Pilares da Ponte do Jacuí - foto Méia Albuquerque De uso efetivo, a Ponte do Jacuí perfez o período de 1871 a 1894, quando um incêndio de seu leito, atribuído a revolucionários, decretou a sua inutilidade. Logicamente que a supressão de tão importante meio de circulação e acesso causou na municipalidade sérias consequências, especialmente na economia da região. Em 25 de setembro de 1900, um documento da Secretaria de Negócios das Obras Públicas do Estado do Rio Grande do Sul referiu necessidade de conserto na ponte, ficando a cargo do município de Cachoeira a sua conservação. No ano seguinte, a 23 de março, a mesma sec

1971 - GNT campeão da Taça Brasil de Bochas

 Há cinquenta anos Cachoeira do Sul celebrava com passeata e carnaval a agremiação do Grêmio Náutico Tamandaré que conquistou a Taça Brasil de Bochas.  Por onde se praticava bocha no Brasil, conforme noticiou o Jornal do Povo de 25 de março de 1971, tôdas as atenções principais estão voltadas, a partir de hoje, até domingo, para Cachoeira do Sul, transformada pela maior hierarquia bochófila do Grêmio Náutico Tamandaré, em Capital Nacional da Bocha. Perdoem-nos pelo título que estamos dando a já Capital Brasileira do Arroz, mas, a satisfação de dar acolhida aos Estados de Minas Gerais, Guanabara, Rio e São Paulo, aos altos dirigentes da Federação Gaúcha de Bocha, representantes expressivos da CBD, em seu setor bochófilo, até nos fazem deixar um pouco de lado a modéstia. Recebê-los em Cachoeira do Sul é uma satisfação enorme. JP, 25/3/1971, p. 4 O Jornal do Povo , em seu entusiasmo, não exagerou em dar o título de Capital Nacional da Bocha à cidade, pois de fato o certame fez de Cachoeir