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Mostrando postagens de março, 2019

Um disco voador em Cachoeira

"Apareceu um Disco Voador". Com este título o Jornal do Povo fechou a edição do dia 18 de março de 1954, relatando que algumas pessoas, na Vila Barcelos, tinham avistado um destes objetos voadores não identificados que se constituíram em "febre", especialmente no pós-guerra. Diz a matéria: Jornal do Povo - Acervo de Imprensa Apareceu um Disco Voador sôbre esta cidade, terça-feira às 11 horas da manhã - É o que asseguram, pelo menos, pessoas residentes na Vila Barcelos.  Tempo houve em que andavam proliferando os "discos voadores". E não faltou até fotografias (?) do fenômeno que, até hoje, ainda não foi perfeitamente explicado. Se há quem não acredita em sua existência, maior é o número dos que crêm na possibilidade de existirem os "discos", que já andaram merecendo estudos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Últimamente, porém, vinham rareando as notícias sôbre os misteriosos aparecimentos. Neste município, aliás

A noz-pecã

Cachoeira do Sul, poucos sabem, além de ser a Capital Nacional do Arroz é a maior produtora de noz-pecã do Rio Grande do Sul. Ano a ano, a cidade se consolida como referência no cultivo e beneficiamento desta noz, bem como na produção de mudas. Noz-pecã - www.jornaldocomercio.com A pecanicultura é recente no país, sendo registradas as primeiras experiências há pouco mais de 100 anos. De lá para cá, uma sucessão de iniciativas, tanto privadas quanto da esfera governamental, foram pouco a pouco sedimentando o setor, tornando o Rio Grande do Sul o responsável pela maior parte da produção nacional. A provar isto, foi localizado um documento da década de 1960 que dá mostras de movimentos isolados para difundir e incentivar o cultivo da noz-pecã.  Fundo Prefeitura Municipal - sem catalogação Trata-se de uma correspondência encaminhada ao Prefeito Arnoldo Paulo Fürstenau, em 2 de setembro de 1964, por um promotor de vendas de Passo Fundo. No teor, o remetente refere um pedido

Château d'Eau colorido

Quem passa pela Praça Dr. Balthazar de Bem e observa a monumentalidade do Château d'Eau nem sequer imagina que há décadas atrás uma inusitada ação conferiu-lhe aspecto diverso do que fora planejado por seus construtores. Praça Dr. Balthazar de Bem - Foto Renato F. Thomsen É provável que muitos ainda lembrem que as ninfas receberam uma pintura que coloria seus cabelos, túnicas e cântaros. Logicamente houve reações contrárias à audácia de desfazer a imagem monocromática original das divindades que circundam o monumento. Para os autores da proeza, talvez a motivação tenha sido a ilusão de dar às figuras mitológicas ares de meras mortais. Em agosto de 1964, um dos vereadores que compunham a Câmara Municipal, Erondino Rael da Rosa, escreveu um texto que discorre sobre as ninfas em que justifica a pintura que receberam: Texto de Erondino Rael da Rosa - Fundo Prefeitura Municipal - sem classificação Ninfas. Permitam-me falar sôbre ninfa, em virtude de se tratar de

Mulheres em pauta

Apesar de todas as conquistas das mulheres nos mais diversos segmentos, ainda pouco se fala de seu papel na história, porque a elas sempre foi relegada posição secundária na sociedade. Mas em todas as épocas mulheres se destacaram, rompendo barreiras e fazendo a diferença. Na história de Cachoeira houve muitas mulheres protagonistas, como Clarinda Francisca Porto da Fontoura (1814-1877), a esposa do Comendador Antônio Vicente da Fontoura, que tocou a vida da família sem a presença do marido na maior parte do decênio farroupilha; como Cândida Fortes Brandão (1862-1922), a primeira professora de Cachoeira formada pela Escola Normal de Porto Alegre e que para lá foi sozinha estudar; e mais recentemente, a museóloga Lya Wilhelm  (1928-2013) que imprimiu uma marca impressionante no cenário cultural de Cachoeira do Sul. Fototeca Museu Municipal A música, para citar apenas um dos segmentos de atuação assertiva das mulheres, foi espaço ocupado por elas com muita perso

Festejos de Momo

Fantasia antiga de Momo - www.riodejaneiroaqui.com Os festejos de Momo, como normalmente eram tratadas as comemorações de carnaval no passado, apesar de diferenças de animação de ano para ano, dificilmente deixaram de acontecer em Cachoeira, conforme os registros que ficaram nos exemplares de jornais que estão disponíveis para pesquisa no acervo de imprensa do Arquivo Histórico.  Desde 1900, quando O Commercio  começou a circular, já há notas sobre o Carnaval : O Commercio ,  31/1/1900, p. 2  O carnaval, em bôa hora o dizemos, não passará despercebido entre nós. Sabemos que alguns distinctos cavalheiros da nossa sociedade pretendem solemnisar com um baile á phantasia e outras diversões, a passagem do deus Momo, que, apesar de muito velho, é o mesmo folião de sempre. Feliz lembrança; não ha duvida.  ( O Commercio , Ano I, N.º 5, de 31 de janeiro de 1900, p. 2). Na edição do mesmo jornal, dia 14 de fevereiro de 1900, outra notinha: O Commercio , 14/2/1900, p.