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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Castorina Ignacia Soares, um nome perdido nas brumas do tempo...

As Câmaras Municipais ainda hoje são compostas por comissões integradas pelos vereadores que têm por propósito analisar questões relativas à vida municipal, principalmente no que se refere à legislação que as disciplina.  Este modelo não é de agora. Ao tempo em que a Câmara Municipal era o aparelho administrativo do município, ou seja, a instância de poder responsável pela administração, controle e disciplinamento da vida municipal, os vereadores eram já designados para comporem comissões as mais variadas: para acompanhamento, verificação e pareceres sobre obras, instrução pública, eleições, etc. Cabia aos vereadores escolhidos informarem à presidência da Câmara o andamento das demandas municipais, apontando o cumprimento ou não dos contratos acordados.  Para exemplificar esta rotina, recorremos a um ofício enviado ao presidente da Câmara, Antônio Vicente da Fontoura, pelo vereador Polycarpo Pereira da Silva, da legislatura compreendida entre 1853 e 1856, em que se diz impedid

Preservação de inscrições em monumentos

Para quem pensa que preservação de patrimônio é assunto novo, ou pelo menos tema de discussões contemporâneas, mesmo quando se fala em Brasil o assunto é bastante antigo! A primeira referência documental vem ainda do tempo do Império e surgiu por determinação de D. Pedro II, homem dotado de pensamento vanguardista e vasta cultura. A ordem do Imperador foi dada em 1855, gerando circular do governo da Província que determinava às Câmaras Municipais que providenciassem (...) se lhe envie copias das inscripções que possa haver neste Municipio, extampados nos monumentos publicos, e as inscripções sepulchraes das Igrejas Provincia de S. Pedro do Rio Grande do Sul. Pal.º da Presidencia em Porto Alegre 13 de Fevereiro de 1856. Circular N.º 4 Determinando S. M. O Imperador, por Aviso expedido pelo Ministerio do Imperio em 18 de Dezembro do anno passado, que esta Presidencia trate de obter e remetter á Bibliothéca Nacional as inscripções, que são estampadas nos monumentos public

A Ponte do Fandango, as pontes secas e os aterros

O final do ano de 2015 e o início de 2016 ficaram gravados na memória dos cachoeirenses como tempos em que as tradicionais comemorações cederam lugar às preocupações com enchentes, desabrigados e interrupção do abastecimento de água, quase uma ironia diante do grande volume que o Jacuí tomou com as chuvas do período. E, como culminância de todos os problemas, a cabeceira da ponte sobre o banhado Castagnino ruiu, cortando a comunicação da cidade com a BR-290 e com as propriedades rurais existentes no caminho e inviabilizando a própria Ponte do Fandango.  As pontes secas, ou viadutos, que acessam a Ponte do Fandango passaram a ser alvo de indagações: são construções da mesma época? Ficaram prontas no mesmo tempo? A ligação com a BR-290 foi imediata à inauguração? Recorrendo aos jornais ( O Comércio e Jornal do Povo ) que circulavam em Cachoeira do Sul na época da inauguração oficial da Barragem-Ponte do Fandango (25/1/1961), foram verificados problemas de toda ordem que retardaram po