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Mostrando postagens de maio, 2024

Série Documentos da imigração alemã em Cachoeira: problemas com a enchente

Enchentes são eventos recorrentes na história, mas os registros das suas ocorrências têm início no final do século XIX, começo do século XX. Diante disso, as enchentes ocorridas no final dos 1800 são verificadas através de arquivos de imprensa disponíveis ou pelo manuseio de documentos históricos que não necessariamente estão relacionados a esse tipo de evento climático, mas que acabam revelando em seu conteúdo alguma referência ao fato. Neste ano em que são comemorados os 200 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul, no cumprimento da missão de divulgar diferentes tipos de documentos relacionados ao tema existentes no acervo do Arquivo Histórico, deparamo-nos com uma correspondência de 1888 em que há menção a uma grande enchente. Ora, tal situação não era a motivação da leitura do documento, mas sua oportuna citação no contexto histórico chamou a atenção e vem ao encontro do momento vivido pelo Rio Grande do Sul, além de atender à proposta desta série de documentos. Vejamos o cont

Série Documentos da imigração alemã em Cachoeira: o difícil alemão!

Os primeiros colonos alemães que desembarcaram na Colônia Santo Ângelo, além de todo estranhamento a que foram submetidos em razão das diferenças abissais entre o seu mundo original e o mundo novo que se apresentava, enfrentaram muitos desafios. Um dos maiores, certamente, foi o da língua. Entre eles e no dia a dia da convivência, a comunicação fluía sem dificuldades. Mas e como se entender com o povo local e, principalmente, com as autoridades, de quem dependiam e para as quais necessitavam se reportar toda vez que alguma questão surgia? Segundo o historiador Aurélio Porto, o primeiro intérprete que se tem notícia, ou seja, a pessoa que primeiramente comunicou-se em alemão com os colonos recém-chegados e traduziu as conversas para o português foi Carl Janssen, que veio no primeiro vapor que aportou na Colônia em novembro de 1857. No dia 5 de novembro de 1857, o presidente da Câmara de Cachoeira, Miguel Cândido da Trindade, entendendo a importância e necessidade de um intérprete para o