Iluminar as vias públicas era tarefa trabalhosa antes do advento da eletricidade e um profissional era muito importante nessa atividade: o acendedor de lampiões.
Quando a noite caía sobre Cachoeira, aqui também esse profissional entrava em cena, produzindo o milagre de clarear um pouco as ruas escuras, distribuindo pelos postes existentes a chama que servia de guia para os transeuntes que se aventuravam em passeios noturnos.
Em 1881, a Câmara Municipal, responsável pela administração, organização e disciplinamento da vida na cidade da Cachoeira, recebeu do governo da Província a doação de 40 lampiões e os respectivos pertences: duas latas de conduzir querosene, que era o combustível utilizado; dois funis e duas escadas.
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Acendedor de lampiões com escada e querosene - imagem: www.revistadehistoria.com.br |
A fim de desempenhar sua importante função, o acendedor saía pelas ruas carregando a escada e o querosene. Sua rotina era percorrer as ruas, dirigindo-se aos lampiões de forma a acendê-los um a um. O serviço começava ao entardecer e somente era concluído já com noite alta. No outro dia, ao amanhecer, lá se ia o acendedor de lampiões conferir se havia algum poste que conservava a chama do lampião acesa, apagando-a.
A profissão de acendedor de lampiões faz parte do passado, como tantas outras que cederam ao avanço da tecnologia, mas ainda podem ser dimensionadas em sua importância graças aos documentos e registros históricos que delas ficaram.
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Lampião à esquerda do Paço Municipal - fototeca do Museu Municipal |
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Lampião em prédio da Rua Sete de Setembro - fototeca do Museu Municipal |
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Documento do acervo do Arquivo Histórico - CM/S/SE/CR-007 |
muinto bom
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