Pular para o conteúdo principal

Agosto no Arquivo Histórico

Agosto foi mês significativo para o Arquivo Histórico, pois no dia 5 foram comemorados os 35 anos de atividades desta importante e valorosa instituição de memória que tão significativos serviços tem prestado à comunidade cachoeirense e a interessados de outros municípios.

Além das atividades comemorativas dos 35 anos, constante de palestra sobre Os Açorianos em Cachoeira, proferida pelas ex-pesquisadoras do Arquivo Histórico, Ione Maria Sanmartin Carlos e Maria Lucia Mór Castagnino, a instituição homenageou seu saudoso amigo e colaborador Armando Fialho Fagundes, que proferiu uma frase muito significativa e incentivadora do trabalho de manutenção e difusão dos documentos da nossa história. Disse ele:

"É muito bom constatar que pessoas trabalham para preservar a memória da cidade e manter o acesso às experiência das coisas e pessoas responsáveis pela nossa identidade."

A frase de Armando Fialho Fagundes apresentada
pelas assessoras Mirian Ritzel e Neiva Köhler


Ione M. S. Carlos falando sobre os açorianos

Maria Lúcia M. Castagnino falando sobre os açorianos em Cachoeira

Em agosto também o Arquivo apresentou ao presidente da Câmara de Vereadores, Nelson Azevedo Júnior, projeto de publicação de um trabalho de pesquisa que levou cerca de seis anos para ser concluído pelas assessoras técnicas e pesquisadoras Mirian Regina Machado Ritzel e Neiva Ester Corrêa Köhler. A obra versa sobre a construção e a ocupação da Casa de Câmara, Júri e Cadeia, edificação tombada como patrimônio histórico e que hoje abriga o Museu Municipal Edyr Lima. Colaboraram no conteúdo da obra a arquiteta Elizabeth Thomsen, líder do Movimento pela restauração do Paço Municipal, e o fotógrafo Renato Thomsen.

O presidente da Câmara, Ver. Nelson Azevedo Júnior com a Secretária de Cultura Clarisse Almeida,
e as assessoras Mirian e Neiva - Imprensa CM

A arte do colaborador Cristianno Caetano brindou o Arquivo com dois presentes: a diagramação do Informativo n.º 3 e a criação da logomarca dos 35 anos:

Logomarca - criação Cristianno Caetano

E para coroar o mês, os pesquisadores Dr. Paulo Roberto Staudt Moreira, Henrique Melati Pacheco, Camille Chies Baldasso e Marina Camilo Haack lançaram seu terceiro título com conteúdo baseado em pesquisas e acervo do Arquivo Histórico, desta vez em formato e-book: "Irmandade de Nossa Senhora do Rozario e São Benedito dos Pretos da Caxoeira (do Sul - RS). As artes da devoção afro-católica".

Capa e contracapa da obra - edição Oikos Editora

Link de acesso à obra: https://oikoseditora.com.br/obra/index/id/1260

Os 35 anos foram comemorados condignamente. Que venham outros tantos, sempre marcados pelo compromisso com a preservação e divulgação da memória histórica de Cachoeira do Sul.

MR 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Casa da Aldeia: uma lenda urbana

Uma expressão que se tornou comum em nossos dias é a da "lenda urbana", ou seja, algo que costuma ser afirmado pelas pessoas como se verdade fosse, no entanto, paira sobre esta verdade um quê de interrogação!  Pois a afirmação inverídica de que a Casa da Aldeia é a mais antiga da cidade é, pode-se dizer, uma "lenda urbana". Longe de ser a construção mais antiga da cidade, posto ocupado pela Catedral Nossa Senhora da Conceição (1799), a Casa da Aldeia, que foi erguida pelo português Manoel Francisco Cardozo, marido da índia guarani Joaquina Maria de São José, é mais recente do que se supunha. Até pouco tempo, a época tida como da construção da casa era dada a partir do requerimento, datado de 18 de abril de 1849, em que Manoel Francisco Cardozo: querendo elle Suppl. Edeficar umas Cazas no lugar da Aldeia ecomo Alli seaxe huns terrenos devolutos na Rua de S. Carlos que faz frente ao Norte efundos ao Sul fazendo canto ao este com a rua principal cujo n...

Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura - 90 anos

O mês de maio de 2019 está marcado por um momento significativo na história da educação de Cachoeira do Sul. No dia 22, o Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura chegou aos seus 90 anos carregando, neste transcurso de tempo, desafios, dificuldades e conquistas. Muitas crianças e jovens passaram por seus bancos escolares, assim como professores e servidores dedicados à desafiadora tarefa educativa. A história do João Neves, como popularmente é chamado aquele importante educandário, tem vínculos enormes com seu patrono. Em 1929, quando a instituição foi criada com o nome de Escola Complementar, o Dr. João Neves da Fontoura era vice-presidente do estado e há pouco havia concluído uma gestão de grandes obras como intendente de Cachoeira.  Em 1927, ano em que Borges de Medeiros resolveu criar escolas complementares no estado para a formação de alunos-mestres, imediatamente João Neves empenhou-se para que uma destas escolas fosse instalada em Cachoeira, município p...

Série: Centenário do Château d'Eau - as esculturas

Dentre os muitos aspectos notáveis no Château d'Eau estão as esculturas de ninfas e Netuno. O conjunto escultórico, associado às colunas e outros detalhes que tornam o monumento único e marcante no imaginário e memória de todos, foi executado em Porto Alegre nas famosas oficinas de João Vicente Friedrichs. Château d'Eau - década de 1930 - Acervo Orlando Tischler Uma das ninfas do Château d'Eau - foto César Roos Netuno - foto Robispierre Giuliani Segundo Maria Júlia F. de Marsillac*, filha de João Vicente, com 15 anos o pai foi para a Alemanha estudar e lá se formou na Academia de Arte. Concluído o curso, o pai de João Vicente, Miguel Friedrichs, enviou-lhe uma quantia em dinheiro para que adquirisse material para a oficina que possuía em Porto Alegre. De posse dos recursos, João Vicente aproveitou para frequentar aulas de escultura, mosaico, galvanoplastia** e de adubos químicos, esquecendo de mandar notícias para a família. Com isto, Miguel Friedrichs pediu à polícia alemã...