Nos dias correntes, quando a sociedade brasileira alcança ajustes trabalhistas para os empregados domésticos, categoria que ainda não havia conquistado vantagens que outras já possuíam, é interessante observar as práticas que cercavam a contratação de serviços dos criados na Cachoeira do século XIX.
Há no acervo documental do Arquivo Histórico um encadernado do Fundo Câmara Municipal, intitulado Registro de Contratos de Criados (CM/S/SE/RCC-001), onde se pode tomar conhecimento dos tipos de criados, dos contratantes, ou patrões, dos serviços oferecidos e dos proventos a que faziam jus pelo cumprimento das tarefas próprias das suas funções, como "serviço de minha casa", "serviço de cozinha", "serviço de condução de malas do correio", "serviço doméstico", "serviço doméstico de cozinha e engomar", "serviço de cozinheiro", "serviço de aguadeiro", "serviço de vendedor de água" e outros mais do gênero. O referente livro foi aberto em 10 de janeiro de 1889 pelo presidente da Câmara, Francisco Gomes Porto.
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CM/S/SE/RCC-001 |
Na abertura do livro consta o seguinte:
Registro de Contractos - de Criados - Este livro servirá para registro dos contractos, notas e observações dos Criados que tomarem, mediante salario mensal, emprego de cocheiro, copeiro, cosinheiro, criado de servir, ama de leite e ama secca, conforme a postura desta Camara approvada pela lei Provincial n.º 1706 de 13 de Dezembro de 1888. Todas as folhas são nunmeradas e por mim rubricadas com o appelido - Porto - de que uzo, e no fim contem o competente termo de encerramento. Paço da Camara Municipal da Cid.e da Cachoeira 10 de Janeiro de 1889. (Assinatura) O presidente, Francisco Gomes Porto.
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Termo de Abertura do livro |
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