No último dia 9 de junho, o Arquivo Histórico fez-se representar na programação da XXXIII Feira do Livro do Barão (Colégio Sinodal Barão do Rio Branco) através da participação da pesquisadora Mirian R. M. Ritzel no painel "Ramiro Barcellos - 100 anos de saudade". Juntamente com o advogado José César Pereira da Silva Filho e o professor de História Matheus Rosa Pinto, a representante do Arquivo Histórico apresentou aos alunos dos 8.º e 9.º anos do Ensino Fundamental aspectos da vida do médico, jornalista, político e escritor cachoeirense Ramiro Fortes de Barcellos, no ano em que está sendo lembrada a passagem dos cem anos de seu falecimento, ocorrido em Porto Alegre no dia 29 de janeiro de 1916.
Para traçar rápidas linhas da biografia do Dr. Ramiro Fortes de Barcellos, Mirian Ritzel serviu-se da coleção do jornal O Commercio, com matérias jornalísticas sobre o político e o homem, e do acervo do Museu Municipal de Cachoeira do Sul - Patrono Edyr Lima, onde se encontram correspondências, fotografias, um manuscrito e um raro estojo médico utilizado pelo Dr. Ramiro em seus atendimentos, especialmente na campanha.
Um vulto histórico da magnitude de Ramiro Barcellos ainda é pouco estudado, revelando-se personalidade com ricas e variadas facetas. Daí a importância de acervos como os do Arquivo Histórico e do Museu Municipal de Cachoeira do Sul, capazes de revelar detalhes da vida, do trabalho e do pensamento de um dos grandes nomes da política rio-grandense e brasileira entre o final do século XIX e início do século XX.
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O Commercio - edição de 14/7/1915 Ramiro Barcellos - candidato a senador - Coleção de Imprensa do Arquivo Histórico |
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Estojo médico para ser afixado ao cinto Acervo Ramiro Barcellos - Museu Municipal Imagem: Iara Valentim |
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Poema "Como te amei", de autoria de Ramiro Barcellos - acervo Museu Municipal de Cachoeira do Sul Imagem: Iara Valentim |
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Ramiro Fortes de Barcellos Cachoeira - 23/8/1851 Porto Alegre - 29/1/1916 |
Autor do célebre Antônio Chimango, poemeto campestre em que satiriza a figura do Dr. Borges de Medeiros, Ramiro Barcellos praticamente deixou de ser lembrado como jornalista, político e médico, sendo sua vida suplantada pela obra assinada com o pseudônimo Amaro Juvenal.
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Antônio Chimango - capa da edição de 1978 - Martins Livreiro - Editor |
(MR)
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