Pular para o conteúdo principal

Projeto Evolução Histórica da Configuração Urbana de Cachoeira do Sul - Parceria UFSM e Arquivo Histórico

"Para compreender o presente e planejar o futuro, é preciso evocar o passado. Por isso, o estudo da evolução histórica da configuração urbana de Cachoeira do Sul permite compreender a organização e a atual configuração do espaço urbano. Determinadas obras de infraestrutura (como pontes, estradas ou avenidas, estações ferroviárias e/ou rodoviárias), de espaços públicos (ruas, praças e parques) e de espaços privados (lotes, residências, indústrias e/ou locais de trabalho, mercados, clubes, cinemas e equipamentos urbanos em geral) dão a conhecer a produção físico-espacial e as suas formas de uso pelos citadinos, a identificar as centralidades, as direções da expansão urbana em relação a períodos da produção econômica e a atuação do poder público enquanto promotor de melhorias urbanas, da elaboração de planos diretores e de aprovações de loteamentos. Assim, épocas ou períodos são analisados mediante as transformações do processo de desenvolvimento físico-espacial, sociocultural, político-econômico, técnico-construtivo e estético do espaço arquitetônico e urbanístico.”

Com estas palavras a Profª Msc. Letícia de Castro Gabriel, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Cachoeira do Sul, caracterizou e justificou o projeto de pesquisa coordenado por ela e intitulado Evolução Histórica da Configuração Urbana de Cachoeira do Sul. Em sua primeira etapa de desenvolvimento, o trabalho envolve acadêmicos e os profissionais do Arquivo Histórico visando à organização do acervo de plantas, mapas e projetos arquitetônicos que integram o acervo da instituição.



Equipe do Arquivo Histórico reunida com os alunos
e a coordenadora do projeto, Prof.ª Ms. Letícia de Castro Gabriel

Reunião entre a Prof.ª Ms. Letícia Gabriel e equipe do Arquivo Histórico
com a presença dos alunos voluntários do Curso de Arquitetura - UFSM
para tratativas de desenvolvimento do projeto

Depois de devidamente identificados e catalogados, os materiais poderão ser disponibilizados para pesquisa e auxiliarão, já em uma segunda etapa e com a participação de demais professores da UFSM-CS, na análise da evolução histórica da configuração urbana da cidade, contribuindo para a compreensão do processo de crescimento e seu efeito sobre a paisagem urbana. Mas os benefícios do projeto não se restringem ao universo acadêmico, mas também proporcionarão à comunidade em geral, a estudantes e pesquisadores de outras áreas o acesso a informações importantes sobre aspectos físicos, geográficos e urbanos do município de Cachoeira do Sul.


Projeto arquitetônico do Clube Comercial - localizado dentre os materiais
a serem identificados e organizados pelos acadêmicos

Projeto do Hospital da Liga Operária



Acadêmicos na tarefa de identificar e selecionar
plantas, mapas e projetos

A equipe do Arquivo Histórico celebra a parceria estabelecida com o Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSM porque em breve, graças ao auxílio dos acadêmicos voluntários Andreza Oliveira Nunes, Gustavo Severo, Mariana Ferrigo Flores e Schayane Dias, este rico material, ora pouco explorado e em parte ainda sem identificação, constituir-se-á em mais uma importante ferramenta para cumprimento dos objetivos da instituição, quais sejam os de preservar, organizar e difundir documentos históricos. Os acadêmicos serão assistidos em sua tarefa de organizar o acervo pela assessora técnica Neiva Ester Corrêa Köhler.

Comentários

  1. Bravo!!! Parabéns a Professora Letícia, seus alunos voluntários e a toda equipe do Arquivo de Cachoeira! Que este "mergulho" na história da formação urbana de Cachoeira traga consigo todas as ligações com as possibilidades de melhorias futuras a serem promovidas pelos moradores da cidade trazendo a harmonia e o embelezamento da cidade que queremos viver.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Casa da Aldeia: uma lenda urbana

Uma expressão que se tornou comum em nossos dias é a da "lenda urbana", ou seja, algo que costuma ser afirmado pelas pessoas como se verdade fosse, no entanto, paira sobre esta verdade um quê de interrogação!  Pois a afirmação inverídica de que a Casa da Aldeia é a mais antiga da cidade é, pode-se dizer, uma "lenda urbana". Longe de ser a construção mais antiga da cidade, posto ocupado pela Catedral Nossa Senhora da Conceição (1799), a Casa da Aldeia, que foi erguida pelo português Manoel Francisco Cardozo, marido da índia guarani Joaquina Maria de São José, é mais recente do que se supunha. Até pouco tempo, a época tida como da construção da casa era dada a partir do requerimento, datado de 18 de abril de 1849, em que Manoel Francisco Cardozo: querendo elle Suppl. Edeficar umas Cazas no lugar da Aldeia ecomo Alli seaxe huns terrenos devolutos na Rua de S. Carlos que faz frente ao Norte efundos ao Sul fazendo canto ao este com a rua principal cujo n...

Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura - 90 anos

O mês de maio de 2019 está marcado por um momento significativo na história da educação de Cachoeira do Sul. No dia 22, o Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura chegou aos seus 90 anos carregando, neste transcurso de tempo, desafios, dificuldades e conquistas. Muitas crianças e jovens passaram por seus bancos escolares, assim como professores e servidores dedicados à desafiadora tarefa educativa. A história do João Neves, como popularmente é chamado aquele importante educandário, tem vínculos enormes com seu patrono. Em 1929, quando a instituição foi criada com o nome de Escola Complementar, o Dr. João Neves da Fontoura era vice-presidente do estado e há pouco havia concluído uma gestão de grandes obras como intendente de Cachoeira.  Em 1927, ano em que Borges de Medeiros resolveu criar escolas complementares no estado para a formação de alunos-mestres, imediatamente João Neves empenhou-se para que uma destas escolas fosse instalada em Cachoeira, município p...

Série: Centenário do Château d'Eau - as esculturas

Dentre os muitos aspectos notáveis no Château d'Eau estão as esculturas de ninfas e Netuno. O conjunto escultórico, associado às colunas e outros detalhes que tornam o monumento único e marcante no imaginário e memória de todos, foi executado em Porto Alegre nas famosas oficinas de João Vicente Friedrichs. Château d'Eau - década de 1930 - Acervo Orlando Tischler Uma das ninfas do Château d'Eau - foto César Roos Netuno - foto Robispierre Giuliani Segundo Maria Júlia F. de Marsillac*, filha de João Vicente, com 15 anos o pai foi para a Alemanha estudar e lá se formou na Academia de Arte. Concluído o curso, o pai de João Vicente, Miguel Friedrichs, enviou-lhe uma quantia em dinheiro para que adquirisse material para a oficina que possuía em Porto Alegre. De posse dos recursos, João Vicente aproveitou para frequentar aulas de escultura, mosaico, galvanoplastia** e de adubos químicos, esquecendo de mandar notícias para a família. Com isto, Miguel Friedrichs pediu à polícia alemã...