Há cinquenta anos, no dia 15 de maio de 1968, às vésperas da abertura da II FENARROZ, uma lei municipal instituiu o nome do mais novo ponto de atração da cidade - a Fonte das Águas Dançantes Artibano Savi, localizada no coração da Praça José Bonifácio, em local anteriormente ocupado pelo Mercado Público.
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Fonte das Águas Dançantes "Artibano Savi" - Foto Jorge Ritter |
A inauguração, que constava do programa da II Feira Nacional do Arroz, ocorreu no dia 18 de maio, atraindo um generoso número de curiosos, todos ávidos para ver as maravilhas que Artibano Savi tinha tirado de seu gênio criativo de técnico-eletricista com extensa folha corrida de serviços prestados no município e fora dele.
As águas, embaladas por músicas especialmente escolhidas para combinarem com a coreografia, tomavam diferentes cores, produzindo na plateia um deslumbramento. Tais artifícios puderam ser sincronizados por Artibano graças ao também gênio criativo de Ruben Otto Prass. Ambos produziram mecanismos que encantaram gerações de cachoeirenses.
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Fonte em funcionamento - Foto Jornal do Povo |
O Jornal do Povo em sua edição do dia 16 de maio de 1968, traz a notícia sobre a votação da lei que criou e denominou a Fonte das Águas Dançantes:
Fonte das Águas Dançantes “Artibano Savi”
A Câmara Municipal de Vereadores
aprovou, por unanimidade, na reunião de têrça-feira, o projeto de lei de
autoria do edil Volny Figueiró que concede o nome de “Artibano Savi”, à Fonte
das Águas Dançantes.
Ao apresentar o projeto, ora
transformado em lei, dizia seu autor que para justificá-lo ‘basta dizer que
esta Casa, verdadeiro estuário das reinvindicações e das mais caras expressões
de sentimento do povo cachoeirense, em aprovando êste projeto de lei, estará
prestando, de forma imorredoura, o reconhecimento e a homenagem àquele que, com
seu trabalho, com sua inteligência e sobretudo com o entusiamo que só podem ter
aquêles que realmente amam a nossa querida Princesa do Jacuí, dotou Cachoeira
do Sul desta obra magnífica que é a Fonte das Águas Dançantes, hoje um ponto
turístico a elevar bem mais alto o nome de nossa cidade, não apenas no cenário
riograndense, mas brasileiro”.
E a Câmara de Vereadores apoiou,
sem uma única voz discordante, o projeto de lei de Volny Figueiró, numa cabal
demonstração do quanto tem de merecida e de justa a homenagem.
Ao assim proceder, não resta a
menor dúvida, que o Poder Legislativo interpretou, fielmente, o desejo de tôda
uma coletividade, que sabe e que proclama, que só o gênio despreendido e
desinteressado de Artibano Savi, poderia dar a Cachoeira uma obra de tamanha
beleza e de tão alto valor.
Inaugurada, ontem, a Fonte das
Águas Dançantes, já o foi com o nome de seu arquiteto e construtor, Artibano
Savi, êmbairrista como poucos, que preferiu construí-la graciosamente em
Cachoeira, a fazê-lo em outros municípios, mediante polpudas compensações
financeiras.
Cachoeira sabe disso e resolveu,
através de seu setor mais representativo – a Câmara de Vereadores – demonstrar
todo o seu reconhecimento. E a forma simples, porém sincera de fazê-lo, foi dar
á Fonte das Águas Dançantes o nome de seu próprio idealizador e construtor:
“Artibano Savi”.
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Artibano Savi - Fototeca do Museu Municipal |
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