8 de maio de 1920 - 8 de maio de 2020, dia de relembrar o historiador Fritz Strohschoen pelo centenário de seu nascimento e de celebrar todos os seus feitos em prol da conservação da memória histórica de Cachoeira do Sul; dia de reverenciar o cidadão que contribuiu para o crescimento de sua cidade, seja como professor, contabilista, advogado, vereador, como pai de família e liderança comunitária.
Fritz Strohschoen nasceu na Cachoeira que estava prestes a comemorar seu primeiro centenário, cuja legitimidade da data histórica - 5 de agosto de 1820 - vinha sendo discutida desde o ano anterior. Naquele tempo, o historiador Aurélio Porto prestou-se a elucidar com seu amplo conhecimento a importância do dia 5 de agosto, pondo fim aos questionamentos de então. Por estas coincidências inexplicáveis, coube a Fritz, 64 anos depois, retomar e endossar a defesa feita por Aurélio Porto para corrigir a data que constava do brasão do município.
Aurélio Porto sempre foi inspiração para o historiador que Fritz se tornou. Como ele, Fritz também se debruçou sobre a vasta documentação produzida desde a instalação do município, dando corpo e divulgação a fatos e personagens que escreveram as primeiras páginas da Vila Nova de São João da Cachoeira. E fazia isto nas madrugadas, em seu escritório, lendo, analisando e transcrevendo volumes de atas e outros documentos que trazia da velha Prefeitura. Alguns destes documentos, ao passarem por suas mãos, ganharam a oportunidade da conservação, uma vez que ainda não existia um arquivo histórico que lhes desse o tratamento devido. A paixão pela pesquisa era tanta, que nem a deficiência visual que portava desde a adolescência o impediu de levar a termo as leituras e transcrições em letra caprichada e criteriosa organização.
Mas Fritz Strohschoen não foi só um perscrutador e divulgador da história, foi também professor admirado por seus alunos no noturno do "Colégio dos Padres", hoje Colégio Marista Roque, onde concluiu o curso ginasial em 1935. Ele guardava agradáveis lembranças do educandário onde atuou por 33 anos, assim como das outras experiências profissionais, incluindo a de perito grafólogo no Fórum. Foi também instruído e atilado vereador, chegando à presidência da Câmara por mais de uma vez e ocupando o cargo de chefe do Executivo em três ocasiões, em razão do afastamento do prefeito Arnoldo Paulo Fürstenau. Abraçou também, com a tenacidade que lhe caracterizava, várias causas comunitárias, algumas delas significativas na área da educação.
Como forma de homenagear e agradecer o excepcional serviço que Fritz Strohschoen prestou à sua terra natal, especialmente na conservação e divulgação da história, a sala de pesquisa do Arquivo Histórico recebeu o seu nome em 27 de agosto de 1996.
Fritz Strohschoen faleceu em 14 de janeiro de 2011 e, em dezembro daquele ano, o Arquivo Histórico e o Museu Municipal lançaram o Caderno de História n.º 7 - Fritz Strohschoen, em reconhecimento ao inestimável serviço que prestou ao ofício das duas instituições.
Falar do homem, do pai da família que constituiu com Olga Stallbaum, formada por Marly, Mário, Mirna, Milda e Mayra, do profissional, do cidadão engajado e do historiador pode ser muito bem arrematado com uma frase que ele gostava muito de repetir e que dimensiona o seu compromisso e o rico currículo de realizações em prol da sua terra: "Cachoeira gosta de mim, e eu dela."
Com esta postagem o Arquivo Histórico relembra o historiador Fritz Strohschoen em seu centenário de nascimento, cumprimentando todos seus descendentes e demais familiares.
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Participação de nascimento - O Comércio, 12/5/1920 |
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Dr. Fritz Strohschoen - Acervo familiar |
Fritz Strohschoen nasceu na Cachoeira que estava prestes a comemorar seu primeiro centenário, cuja legitimidade da data histórica - 5 de agosto de 1820 - vinha sendo discutida desde o ano anterior. Naquele tempo, o historiador Aurélio Porto prestou-se a elucidar com seu amplo conhecimento a importância do dia 5 de agosto, pondo fim aos questionamentos de então. Por estas coincidências inexplicáveis, coube a Fritz, 64 anos depois, retomar e endossar a defesa feita por Aurélio Porto para corrigir a data que constava do brasão do município.
Aurélio Porto sempre foi inspiração para o historiador que Fritz se tornou. Como ele, Fritz também se debruçou sobre a vasta documentação produzida desde a instalação do município, dando corpo e divulgação a fatos e personagens que escreveram as primeiras páginas da Vila Nova de São João da Cachoeira. E fazia isto nas madrugadas, em seu escritório, lendo, analisando e transcrevendo volumes de atas e outros documentos que trazia da velha Prefeitura. Alguns destes documentos, ao passarem por suas mãos, ganharam a oportunidade da conservação, uma vez que ainda não existia um arquivo histórico que lhes desse o tratamento devido. A paixão pela pesquisa era tanta, que nem a deficiência visual que portava desde a adolescência o impediu de levar a termo as leituras e transcrições em letra caprichada e criteriosa organização.
Mas Fritz Strohschoen não foi só um perscrutador e divulgador da história, foi também professor admirado por seus alunos no noturno do "Colégio dos Padres", hoje Colégio Marista Roque, onde concluiu o curso ginasial em 1935. Ele guardava agradáveis lembranças do educandário onde atuou por 33 anos, assim como das outras experiências profissionais, incluindo a de perito grafólogo no Fórum. Foi também instruído e atilado vereador, chegando à presidência da Câmara por mais de uma vez e ocupando o cargo de chefe do Executivo em três ocasiões, em razão do afastamento do prefeito Arnoldo Paulo Fürstenau. Abraçou também, com a tenacidade que lhe caracterizava, várias causas comunitárias, algumas delas significativas na área da educação.
Como forma de homenagear e agradecer o excepcional serviço que Fritz Strohschoen prestou à sua terra natal, especialmente na conservação e divulgação da história, a sala de pesquisa do Arquivo Histórico recebeu o seu nome em 27 de agosto de 1996.
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Sala Dr. Fritz Strohschoen - Arquivo Histórico |
Falar do homem, do pai da família que constituiu com Olga Stallbaum, formada por Marly, Mário, Mirna, Milda e Mayra, do profissional, do cidadão engajado e do historiador pode ser muito bem arrematado com uma frase que ele gostava muito de repetir e que dimensiona o seu compromisso e o rico currículo de realizações em prol da sua terra: "Cachoeira gosta de mim, e eu dela."
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Fritz e Olga Strohschoen - Arquivo Histórico |
Com esta postagem o Arquivo Histórico relembra o historiador Fritz Strohschoen em seu centenário de nascimento, cumprimentando todos seus descendentes e demais familiares.
MR
Miriam querida,nós emocionamos ao ler tua postagem sobre o Dr.Fritz.Alegria,alegria!Obrigada Mário e Aninha
ResponderExcluirGrande professor e historiador! Professor no Roque e encantava seus alunos contando a verdadeira História de Cachoeira do Sul!Linda homenagem a quem realmente merece ser lembrado por seus feitos! De onde estiver está vendo que sua passagem não foi em vão!Parabéns Mirian!
ResponderExcluirLinda homenagem a uns dos historiadores mais importantes ! Contava a história real de Cachoeira do Sul e encantava seus alunos! Parabéns Mirian!
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