Quem são estas pessoas?

Arquivos e Museus são espaços de memória. Ao longo de suas trajetórias, e dentro de suas especificidades, recebem doações de objetos, fotografias, documentos, lembranças. Muitas vezes, boa parte do material recebido não traz consigo as informações necessárias para uma identificação satisfatória. Em razão disto, ficam indefinidamente guardados, à espera de que um dia possam ser resgatados do esquecimento e trazidos ao entendimento do tempo presente.

Com as ferramentas tecnológicas hoje disponíveis, disseminar algo é extremamente fácil e capaz de operar milagres, trazendo à luz informações que podem desvendar mistérios, reconhecer pessoas e fatos, situar eventos e uma infinidade de possibilidades.

No intuito de tentar desvendar alguns retratos que por anos permaneciam guardados no Arquivo Histórico e antes de serem repassados ao acervo do Museu Municipal Edyr Lima, onde encontrarão a guarida adequada, solicitamos a atenção dos seguidores do blog na esperança de dar identidade aos seguintes lindos retratos:

Quem será esta dama de olhar enigmático?

E este senhor de olhar triste?

E este casal?

Poderemos dar nome a este jovem?

Sua ajuda, caro leitor, será muito importante para nomearmos estes homens e mulheres que habitaram o passado, que construíram uma história e viveram seu tempo. No entanto, pelo descuido que normalmente acompanha as coisas da memória, chegaram desconhecidos ao nosso presente.

A enchente de 1941

As grandes enchentes de 2015 remetem o interesse para eventos climáticos semelhantes ocorridos em outras épocas. De imediato, a grande enchente de 1941, referência para a magnitude deste tipo de calamidade, vem para as rodas de conversa, recheia as notícias da imprensa e, já mais raramente, ainda encontra testemunhas oculares para darem suas impressões. O jornal O Commercio , edição do dia 14 de maio de 1941, constante da coleção de imprensa do Arquivo Histórico, traz na primeira página a repercussão da grande cheia, refere os prejuízos na economia, especialmente no setor orizícola, e dá ciência das primeiras providências das autoridades após a verificação dos estragos: Apezar das ultimas chuvas continúa baixando o nivel das águas Jamais o coração dos riograndenses se sentiram tão cheios de tristeza, de aflição, de tantas apreensões, como por ocasião dessa catástrofe imensamente incalculaveis nos prejuizos, estragos e fatalidades, derivados das incessantes e cerradas chuva...

Casa da Aldeia: uma lenda urbana

Uma expressão que se tornou comum em nossos dias é a da "lenda urbana", ou seja, algo que costuma ser afirmado pelas pessoas como se verdade fosse, no entanto, paira sobre esta verdade um quê de interrogação! Pois a afirmação inverídica de que a Casa da Aldeia é a mais antiga da cidade é, pode-se dizer, uma "lenda urbana". Longe de ser a construção mais antiga da cidade, posto ocupado pela Catedral Nossa Senhora da Conceição (1799), a Casa da Aldeia, que foi erguida pelo português Manoel Francisco Cardozo, marido da índia guarani Joaquina Maria de São José, é mais recente do que se supunha. Até pouco tempo, a época tida como da construção da casa era dada a partir do requerimento, datado de 18 de abril de 1849, em que Manoel Francisco Cardozo: querendo elle Suppl. Edeficar umas Cazas no lugar da Aldeia ecomo Alli seaxe huns terrenos devolutos na Rua de S. Carlos que faz frente ao Norte efundos ao Sul fazendo canto ao este com a rua principal cujo n...

Hospital da Liga - uma obra para todos

Interessante recobrar a história de construção do Hospital da Liga Operária, o gigante do Bairro Barcelos, que se ergueu sob a batuta do maestro do operariado cachoeirense: o vereador José Nicolau Barbosa. E justamente agora que o município planeja desapropriá-lo para nele instalar o sonhado curso de medicina. José Nicolau Barbosa apresentando a obra do Hospital da Liga Operária - Acervo familiar O sonho do Nicolau, como ficou conhecido o empenho que aplicou sobre a obra, nunca chegou a se realizar, uma vez que a edificação não pôde ser usada como hospital. Ainda assim, sem as condições necessárias para atendimento das exigências médico-sanitárias, o prédio de três andares vem abrigando a Secretaria Municipal de Saúde. Mesmo desvirtuado de seu projetado uso original, mantém o vínculo com o almejado e necessário atendimento da saúde do trabalhador cachoeirense. O Jornal do Povo , edição de 1.º de março de 1964, traz uma entrevista com José Nicolau Barbosa, ocasião em que a reportagem do...

Arquivo Histórico de Cachoeira do Sul

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